domingo, 9 de outubro de 2011

COMO APRENDER

Prof. Edson Pereira Bueno Leal fevereiro de 2002.

Aprender é compreender as relações entre os elementos existentes, de forma a poder aplicá-los a outras situações. A aprendizagem começa com a aquisição de informações, através de leituras, aulas, pesquisas e experiências de vida. As informações corretamente recebidas devem ser processadas mentalmente de modo a gerar um conhecimento adequado da realidade, que permita explicá-la e resolver novos problemas.
Aprender não é decorar textos, musiquinhas ou macetes. É preciso entender o assunto estudado.
É esta capacidade que hoje está sendo exigida do bom profissional. As empresas querem pessoas que entendam o que leram, que saibam escrever corretamente e com sentido, que tenham um mínimo de conhecimentos matemáticos, que saibam inglês, que saibam resolver problemas e tomar decisões. Ou seja , em outras palavras , pessoas que saibam pensar .
Decorar assuntos perdeu a importância . Além da sólida formação geral o que se exige do profissional na era da Internet é a capacidade de ir atrás das informações e encontrar as que precisa .
Segundo David Perkins (no livro Smart Schools) , se não entendemos o aprendido , ele não servirá para nada . Aprendemos ao pensar com e pensar sobre o que estamos estudando . Aprender é uma consequência de refletir a respeito do que está sendo apresentado na aula . A visão convencional é que adquirimos um conhecimento e depois aprendemos a usá-lo . Trágico engano . Aprendemos somente pelo ato de pensar no que estamos aprendendo . E o conhecimento só é realmente adquirido quando podemos pensar usando o que foi aprendido . (Castro , Cláudio de Moura , Veja, 29.05.2002 , p. 22) .
Aprender é uma tarefa árdua, que exige muito esforço, dedicação e disciplina. Todavia, para ter sucesso nos vestibulares e ser um profissional realizado é preciso que você se conscientize da necessidade de, desde o primeiro ano do colegial, estudar com afinco e com método, colocando a aprendizagem como prioridade básica.
Estudos estatísticos demonstram que em uma prova de vestibular a sorte conta pouco . Estudar na última hora menos ainda. O êxito inevitavelmente está associado há anos de estudo que podem ocorrer durante o 2. Grau ou para os menos apressados , ao longo de vários anos de cursinho.
Hoje em dia o número de candidatos para os melhores vestibulares é muito maior que anos atrás. Estimativa publicada na Revista Veja aponta para uma média de 2,2, candidatos/vaga em 1975 que aumentou para 4,6 candidatos/vaga em 1997. Existem determinados cursos que a relação candidato vaga passa dos 50. Todos sabem que nos dias de hoje , devido à intensa competição as empresas estão muito seletivas no recrutamento de seus funcionários. Por isso estudar nas melhores universidades já é começar com o pé direito a entrada futura em um mercado de trabalho que muitas vezes exige cursos de pós graduação em nível de mestrado e doutorado.
Segundo levantamento feito com base nos vestibulares das faculdades oficiais de São Paulo, que são as melhores, cerca de 60% dos aprovados só consegue entrar na faculdade após duas, três, ou quatro tentativas. Invertendo o raciocínio, cerca de 40% consegue entrar na primeira tentativa. E você pode estar entre estes 40% , pois tem o privilégio de estudar em uma boa escola, mas para obter êxito terá que se dedicar ao longo de todo o colegial, pois esforço de última hora é inútil.
Os melhores vestibulares procuram aferir a capacidade de raciocínio entendido como expressão e elaboração de idéias.
Portanto o que conta não é o acúmulo de conhecimentos, mas a base cultural, a capacidade de criatividade, de associação de idéias, além de uma boa dose de bom senso. A perfeita compreensão do texto também é fundamental. Muitas perguntas de história e geografia exigem apenas esta capacidade.
Na UNICAMP as estatísticas dos aprovados demonstraram que somente aqueles que tiveram boas notas em todas as provas e não apenas nas prioritárias para o curso é que foram aprovados . Daí a importância do aluno preocupar-se com a obtenção de um bom nível geral de conhecimento no segundo grau .
O Ministério da Educação realizou um levantamento com base no Enem 2000 , restrito aos alunos matriculados nos cursos de administração , pela amplitude do curso e por concentrar uma amostragem significativa de alunos das diversas classes sociais . O levantamento permitiu identificar hábitos de bons e maus alunos . Os bons alunos estudam mais de três horas semanais . Os bons alunos obtém informações por meio de jornais e revistas e os maus alunos informam-se preferencialmente pela televisão . Os bons alunos tem bom domínio do inglês e os maus o desconhecem . Os bons alunos lêem pelo menos seis livros por anos durante a fase universitária , sem contar a leitura obrigatória da sala de aula . Os maus alunos leram um livro a cada ano e meio. (Veja, 29.05.2002 , p. 64-65) .
Sugerimos a seguir alguns procedimentos que o ajudarão a vencer esta difícil batalha, certo de que a recompensa no futuro, a aprovação em uma faculdade de renome e o posterior sucesso na vida profissional , terão valido a pena.
FORMAS DE APRENDIZAGEM
O ser humano tem habilidade para aprender pelos sistemas auditivo , visual e sinestésico de maneira combinada . Porém há pessoas que se utilizam de uma destas formas de maneira predominante , o que exige um reforço pessoal a uma determinada forma de aprendizagem.
Pelo sistema visual aprende-se vendo , sendo capaz de fazer uma imagem imediata do que se está havendo como informação . Deve-se evitar estímulos visuais em demasia ou conflitantes . Imagens mentais do que se está estudando , anotações , esquemas e desenhos aumentam a eficiência do aprendizado.
Pelo sistema auditivo aprende-se ouvindo , sendo capaz de "montar” uma história com a informação que se está recebendo . Ruídos tendem a atrapalhar muito . Neste caso , deve-se ler os textos em voz alta e ficar atento a tudo o que é falado em aula e conversar com os amigos sobre os conteúdos .
Pelo sistema sinestésico , aprende-se fazendo ou executando, sendo capaz de guiar-se pela experiência motora . Estímulos visuais ou auditivos conflitantes e a impossibilidade de fazer algo prejudicam . Exercícios e atividades de laboratório são essenciais para aumentar o aprendizado . Escrever, ler, fazer gestos que representem melhor as informações estudadas e mudar de posição de vez em quando também ajudam .
AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES
1. A AULA:
A aula é a etapa inicial do processo de aprendizagem. Não basta somente assistir a uma aula, mas o bom aluno deve adotar procedimentos anteriores e posteriores. Lembre-se que uma aula bem assistida e participada representa metade do caminho andado para sair-se bem em um vestibular.
Antes da aula – conhecer o assunto a ser abordado com antecedência. Ler o livro texto ou a bibliografia complementar a respeito. Levantar dúvidas e relacionar com outros assuntos já conhecidos. Esclarecer em aulas os pontos não compreendidos na leitura prévia.
Durante a aula – A adolescência é uma idade cheia de conflitos. É difícil ficar parado. Para muitos assistir aulas é uma tortura. Todavia não há outro jeito. Você deve demonstrar para si mesmo que está amadurecendo, controlando a sua capacidade de atenção. Expulse idéias vagas. Acompanhe atentamente a exposição do professor. Anote os principais pontos levantados, sempre em forma de resumos com suas próprias palavras. Pergunte, elucidando dúvidas, seja decorrentes da leitura prévia, seja surgidas durante a aula. É comum em aulas, alunos durante a aula fazerem coisas diversas, principalmente estudar para uma prova de outra disciplina. Este comportamento revela má organização do tempo e anula completamente a presença do aluno durante a aula. Lembre-se , o professor tem muitos anos de experiência a mais que você nos assuntos tratados e se você não prestar atenção na aula , sozinho, depois, jamais vai conseguir o mesmo nível de compreensão do assunto. Lembre-se que, principalmente em disciplinas da área de humanas , dado a grande quantidade de matéria , é impossível decorar todos os temas tendo em vista o vestibular. Não se engane com a nota de uma prova, pois ela abrange uma pequena quantidade de matéria e para a prova é possível decorar textos, que serão todavia inevitavelmente esquecidos posteriormente , o que não aconteceria se houvesse uma efetiva compreensão do tema.
Prestar atenção em aula é diferente de prestar atenção a conversas com amigos , assim como ler como fonte de estudo é diferente de ler como passatempo . Procure distinguir o essencial do secundário . Atente para a forma de exposição , para as repetições, destaques . Olhe para o expositor , pois expressões e gestos podem conter indicações suplementares . Anote palavras e idéias desconhecidas , principalmente as contrárias à sua própria concepção .
“Eu nunca fui de conversar em aula . E isso é importante , porque ou você ouve o professor ou ouve o seu amigo” (Vinícius Lopes . 1. Colocado FUVEST 2000 .in F.S.P. 14.2.2000 , p. 7-3
Após a aula – Revisão dos apontamentos para verificar se são inteligíveis e não o sendo , excepcionalmente passá-los a limpo. Resolva problemas , exercícios e faça uma releitura do texto básico para ver se houve a adequada compreensão do assunto. Troque idéias com seus colegas. Consulte outras fontes. Arquive o material de aula preferentemente por disciplina e por assunto.
“Tem gente que deixa tudo para a última hora . Pra que economia de esforço?” . (Vinícius Lopes) .
2. LEITURAS:
Para que a leitura seja produtiva é essencial a existência de condições físicas, fisiológicas e psíquicas adequadas: ambiente sossegado, iluminação adequada, horário constante, posição correta do corpo e do material, evitar preocupações que distraiam a atenção , evitar constantes interrupções, estar descansado e ser perseverante.
2.1. MÉTODO DE LEITURA
A) VISÃO GERAL – Saber o que está lendo. Separar todo o material e verificar se está completo e é o mais adequado . Indagações preliminares : qual a abordagem do autor? Qual sua posição teórica?
B) PRÉ-LEITURA –Procure formar uma idéia geral do texto. Leitura rápida para conhecimento. Índice, bibliografia, introdução, capas, etc.;
C) LEITURA ANALÍTICA – Assinalar partes importantes, destacando as informações principais. Procure compreender as partes para compreender o todo. Anote nas margens os pontos principais e as dúvidas. Demonstre que o texto foi trabalhado. Relacione as partes. Critique. Faça à parte, breves transcrições, esquemas, resumos. Vá anotando ao longo da leitura suas conclusões e impressões pessoais. Lembre-se, escreva sempre, nunca deixe para anotar em ocasião posterior, pois fatalmente você vai esquecer e perder uma linha de raciocínio que poderia ser preciosa para a compreensão do texto. Consulte outras fontes sempre. Nunca dependa somente do livro texto. Não decore os conceitos e idéias, mas os assimile.
Quando o texto apresentar conceitos não conhecidos, ou referentes a outras ciências, procure no dicionário ou em textos específicos o seu significado para o perfeito entendimento do contexto. Procure separar os fatos, das interpretações que deles faz o autor, pois somente assim você poderá desenvolver a sua própria capacidade de compreensão crítica de um texto. Nunca leia um texto apenas superficialmente.
D) REVISÃO – Releia as anotações, resumos e esquemas feitos para verificar se os conceitos básicos foram entendidos. A matéria estará adequadamente compreendida se você ao destacar idéias chaves na leitura, tiver condições de reconstituir a compreensão de todo o texto ou solucionar problemas.
E) MANUTENÇÃO – Não deixe que o desleixo ponha a perder o que você aprendeu. Recapitule periodicamente a matéria estudada. Lembre-se de em aulas posteriores, quando necessário, recuperar o material já estudado e completá-lo com novas informações. Somente assim você estará em condições de enfrentar com sucesso qualquer prova, a qualquer tempo. A cada recapitulação que se faz de determinado assunto, aumenta-se exponencialmente a chance de lembrar-se dela . Inversamente , a cada recapitulação que deixa de ser feita diminui a capacidade de lembrar-se do assunto . A única forma de guardar conteúdos na memória de longo prazo é repetir constantemente o assunto .
2.2. REGRAS DO BOM LEITOR:
O bom leitor, segundo o professor Délcio Vieira Salomon:
a) lê unidades de pensamento – entende o sentido de um grupo de palavras, ou seja , compreende a frase, o contexto e não palavra por palavra;
b) lê com objetivo determinado, sabe o que quer aprender, busca esclarecer dúvidas;
c) tem vários padrões de velocidade de leitura, de acordo com a natureza do texto lido;
d) avalia o que lê. Critica o texto, verifica se a exposição é correta, se existem outros pontos de vista;
e) possui bom vocabulário. Sabe o significado da maioria das palavras, ou deduz o seu significado do contexto. Usa dicionários com freqüência, quando tem dúvida;
f) conhece o valor do livro. Sabe selecionar o que lê e avaliar previamente o conteúdo do livro para decidir se vale ou não a pena lê-lo.
g) Discute freqüentemente o que lê com os colegas. Sabe distinguir entre impressões subjetivas e valor objetivo durante as discussões;
h) Lê assuntos vários não se restringindo a apenas uma área e utiliza material diversificado : livros, jornais , revistas, etc.;
2.3. APRENDA A LER RAPIDAMENTE E COM EFICIÊNCIA:
A) A leitura deve ser feita com os olhos, jamais com os lábios;
B) O leitor deve procurar desenvolver o máximo possível o seu “campo de conhecimento” de leitura, ou seja, deve acostumar-se a vislumbrar mais de uma palavra a cada olhada. Se conseguir este intento, passará a ler não mais palavras, mas unidades de pensamento, em média, duas palavras em cada unidade no material mais difícil e três ou mais em leituras mais amenas.
C) O leitor deve procurar evitar movimentos regressivos de leitura, ou seja, constantemente interromper a leitura e volta o que indica falta de atenção;
D) A fala ordinária permite a leitura de 100 a 125 palavras por minuto. Os leitores rápidos lêem em média 200 palavras por minuto nos livros mais difíceis a até 600 palavras por minuto em romances. Faça um teste da sua capacidade de leitura e acompanhe os seus progressos. Lembre-se, a velocidade de leitura varia de acordo com a natureza do material lido.
3. TOMAR NOTAS :
Anotar é uma técnica pessoal, por isso cada um irá desenvolver procedimentos específicos para melhor entendimento próprio. Anotar significa registrar somente as palavras e os conceitos fundamentais, de modo suficientemente claro e detalhado, que possa ser compreendido posteriormente e que ao mesmo tempo não atrapalhe a compreensão da matéria que está sendo exposta pelo professor.
É importante destacar os temas anotados, para que posteriormente anotações esparsas sobre o mesmo assunto sejam agrupadas. Se anotadas em cadernos, estes cadernos deverão ser desmontados posteriormente e reordenados por assunto.
Como a anotação exige rapidez, acostume-se a utilizar abreviaturas, elimine artigos, conjunções e preposições. Faça gráficos. Não anote nada mecanicamente.
Ressalte as idéias chaves, sublinhando-as. Acostume-se a trabalhar com canetas de cor diferente para ressaltar o que for mais importante. Coloque interrogações naquilo que não entendeu ao anotar. Fique atento para as indicações bibliográficas.
Depois da aula, reveja o material anotado, complete partes incompletas ou mal abreviadas . Procure solucionas as dúvidas e perguntas registradas nas anotações.
4. PREPARAR-SE PARA AS PROVAS:
É fundamental que a matéria seja mantida em dia, ou seja leitura prévia antes das aulas, anotações de aula, revisões posteriores, realização de exercícios. A revisão final mais intensiva deve ser feita imediatamente antes da prova. É conveniente fazer um esquema geral da matéria de prova para direcionar o estudo.
Faça um quadro de horários para permitir um equilíbrio no tempo dedicado ás diferentes matérias . Reúna todo o material à mão para não fazer depois interrupções desnecessárias . Não se esqueça de ler jornais e revistas , uma boa estratégia é fazer isto nos horários de descanso , como atividade alternativa .
Liberte-se do telefone , do animal de estimação , dos familiares caso queira um bom rendimento no estudo . Cada um tem seu próprio ritmo e forma de aprendizagem . Descubra o seu . Para alguns o estudo em grupo é uma forma mais adequada de aprendizagem . No estudo em grupo a concentração é certamente menor e o risco de dispersão muito maior.
Uma grande vantagem é a reunião de alunos com diferentes habilidades o que permite que sejam supridas deficiências individuais específicas.
O período e o tempo de revisão, deve ser dosado em conformidade com a quantidade de matéria e sua complexidade. Deve-se evitar períodos excessivamente longos de estudo sem descanso (jamais atravessar noites estudando sem dormir) . Uma pequena soneca depois do almoço também é importante . Em situações de estudo prolongado, quando perceber que o seu rendimento diminuiu faça pequenas paradas , levante , dê uma volta , coma alguma coisa e depois retome o trabalho. O nosso corpo é como uma máquina. Exigida acima de suas resistências pode falhar na hora mais necessária, por exemplo com um “stress” ou um “branco” justo na hora da prova. Você deve procurar estudar nos períodos em que se sente mais desperto.
Nos assuntos mais decorativos, ler o texto resumido em voz alta várias vezes, pode ajudar na fixação dos conteúdos. Deve-se desenvolver a capacidade de prever possíveis perguntas que poderiam ser feitas e evidentemente ter em mente como respondê-las. Sempre que possível chegue às conclusões e resolva os problemas sozinho, procure desenvolver uma opinião própria sobre o assunto . Compreender os mecanismos internos de um assunto e obter o conhecimento por experiência própria são mais eficientes do que receber tudo mastigado .
O nervosismo na hora da prova na maior parte das vezes é resultado da falta de adequada preparação . A angústia e a ansiedade são as maiores causas do famoso branco em provas , onde o estudante não se lembra de nada do que estudou .
Uma estratégia de estudo é o programa Survey Q3R = survey, question , read, recite, review . (pesquise , pergunte , leia, recite , reveja) .
Pesquise antes de iniciar a atividade de estudo para ter uma imagem tão exata quanto possível do que vai estudar . Faça perguntas sistematicamente sobre o texto lido . Leia com atenção , anote os termos importantes e leia tudo . Recite os trechos que necessitam de maior memorização . Veja se lembra o que leu fazendo uma sinopse . Faça revisões periódicas .
5. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA PROVAS DE TESTES:
Ao entrar , se não houver local pré-determinado, procure um lugar bem iluminado , tranquilo , onde haja pouca circulação de pessoas . Leve sempre lápis e canetas de reserva .
Inicie a prova com alto nível de confiança. Acredite em sua capacidade e preparação. Não deixe sua atenção dispersar. Evite olhar a resposta do colega para conferir. A dele poderá estar errada e você ficando em dúvida poderá alterar a sua que estava certa.
Faça uma leitura de toda a prova, para ter uma visão global. Responda primeiro as questões mais fáceis. Controle o tempo. Não gaste tempo demasiado com uma só questão, deixe-a para o final após Ter respondido todas as demais.
Procure ler atentamente o enunciado de cada questão, bem como todas as alternativas . Evite respostas óbvias e apressadas. Se houver tempo, reveja o que foi respondido, principalmente nas questões que você teve maior dificuldade e que devem ser marcadas para facilitar a busca posterior. Não tenha pressa de entregar a prova, aproveite o máximo o tempo permitido.
Nunca deixe testes sem resposta, a não ser que respostas erradas anulem respostas certas. Porém, se não souber a resposta, procure usar o raciocínio lógico, para encontrar a alternativa mais racional.
Muito cuidado ao passar as respostas para o gabarito para evitar transcrições incorretas ou assinalar a mesma questão duas vezes.
6. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA PROVAS DISSERTATIVAS:
Leia toda a prova, do início ao fim. Leia o enunciado de cada questão pelo menos duas vezes.
Em provas de História é comum , além do enunciado haver um comentário historiográfico ou documento citado que servem de referencial para a resposta ou já contém partes da solução.
Procure interpretar o significado do texto. Havendo dois ou mais textos no enunciado , procure a relação entre eles .
Procure limitar-se a responder o que está proposto na questão.
Distribua o esforço adequado para responder a cada pergunta. Se o valor das perguntas for o mesmo, responda inicialmente as que tem mais certeza, deixando para depois as mais complexas. Nunca perca tempo demasiado com uma só questão.
Tente não deixar questões sem resposta. Qualquer esforço que você fizer para responder será considerado pelo professor , desde que dentro do contexto da pergunta. “Encher lingüiça”, tentando apenas preencher claros do papel será de pouca valia.
Escreva com letra legível, de forma ou cursiva. Lembre-se que o professor não tem obrigação de decifrar hieróglifos e se ele não entender o que você escreveu a resposta será considerada errada.
Seja objetivo em suas respostas. Verifique pelo enunciado da pergunta, exatamente o que o professor está querendo que você responda. Interpretar corretamente o enunciado das perguntas é uma capacidade que você deve desenvolver. Procure evitar perguntar ao professor o que ele quer com a resposta, pois em vestibulares, ninguém vai lhe explicar nada.
Organize a resposta como se fosse uma redação. Todo raciocínio dever ter começo, meio e fim. Evite respostas através de esquemas e chaves. Esboce antes os pontos principais da resposta, para dar coerência à mesma. A resposta deve ter um fio condutor , deve demonstrar que há lógica na seqüência do raciocínio.
Evite responder perguntas com apenas uma palavra. Apenas, sim ou não, dificilmente serão considerados pelo professor. Evite por outro lado, alongar-se em demasia nas respostas, colocando assuntos desnecessários apenas para demonstrar conhecimento , desnecessário no caso.
Entregue uma prova limpa. Se houver tempo, faça um rascunho. Evite rasuras. Se errar , deixe claro para o professor a parte que não deverá ser considerada, caso o texto estiver riscado.
Nas perguntas de ciências exatas, deixe claro como chegou às respostas. Evite pular passos na resolução de problemas, mesmo que você tenha feito a operação mentalmente . Vale o que está no papel. Se não souber como resolver completamente um problema, procure ao menos encaminhar o raciocínio.
A grade de correção na UNICAMP , por exemplo , procura aferir do aluno , em uma resposta dissertativa: a) entendimento do enunciado da questão ; b) capacidade de trabalhar as informações contidas no enunciado , formulando um texto a partir do mesmo ; c) relacionar conceitos onde a questão assim o exigir ; d) capacidade de síntese ; e) capacidade de extrapolação em questões onde isso é exigido , sendo este o grau mais complexo de abstração e o que exige maior nível de preparação do candidato , pois pressupõe partir de situações conhecidas para situações não conhecidas.
ESTUDO EM GRUPO
Para determinados alunos com maiores dificuldades , o estudo em grupo pode ser melhor indicado pois permite a troca de idéias e debates enriquecedores do conhecimento . Porém no estudo em grupo é muito grande a possibilidade de dispersão . O estudo em grupo deve ser sempre uma oportunidade de enriquecimento do estudo individual , caso contrário o rendimento do grupo será muito restrito .
O estudo em grupo pode ser organizado de várias formas . Cada aluno pode estudar partes diferentes de um assunto e apresentá-las quando o grupo estiver reunido . Ou então todos estudam o mesmo assunto e debatem em grupo seus pontos de vista . Para quem está estudando , ensinar algum conteúdo a outro é uma excelente forma de reforçar seu conhecimento sobre determinado assunto .
O grupo deve ter entre três e seis elementos . O número máximo deve ser levado em conta para permitir que todos tenham participação ativa nos trabalhos. Assiduidade e pontualidade são essenciais para o sucesso do grupo.
7. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:
Alvarez, Ana Maria . Processamento Auditivo: Fundamentos e Terapias. Editora Lovise.
Cervo, Amado Luiz e Berviam, Pedro A. Metodologia Científica. São Paulo McGraw Hill.
Deese, James e Deese Ellin R. Como Estudar. Rio de Janeiro. Freitas Bastos.
Salomon, Délcio Vieira. Como se fazer uma monografia. Belo Horizonte. Interlivros.
Severino, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho Científico. São Paulo. Cortez e Morais.
Oliveira, Silvio Luiz de Tratado de Metodologia Científica – Projetos de Pesquisa, TGI, TCC Monografias, Dissertações e Teses; Ed. Pioneira.

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