Manifesta-se
através de uma explosão de criações artísticas, literárias e científicas que
revalorizam a Antiguidade clássica greco-romana e o humanismo. Choca-se com os
dogmas religiosos e as proibições da Igreja Católica, enfrentam a Inquisição e
criticam o mundo medieval. Vários dos literatos e cientistas desse período são
perseguidos e mortos. Seus precursores são Dante Alighieri, Petrarca e
Bocaccio.
Mecenas - A difusão das ideias da Antiguidade
clássica na Itália e outros centros europeus se dão, inicialmente, por
emigrados gregos, judeus e bizantinos. Mas é a concentração da riqueza nos
comerciantes e banqueiros dos centros urbanos que permite transformar a arte e
a cultura em produtos comerciais e fazer com que potentados econômicos como os Médici
de Florença se tornem grandes mecenas ou incentivadores do movimento cultural e
artístico da época.
HUMANISMO
Tem por base o neoplatonismo, que exalta os
valores humanos e tenta dar nova dimensão ao homem. O humanismo se expande a
partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e teatros em Roma,
Florença, Nápoles, Paris e Londres. A escultura e a pintura redescobrem o corpo
humano. A arquitetura retoma as linhas clássicas e os palácios substituem os
castelos. A música instrumental e vocal polifônica se sobrepõe ao cantochão
(monótico). Expandem-se a prosa e a poesia literária, a dramaturgia, a
filosofia e a literatura política.
Filosofia - O holandês Erasmo de Roterdã
rechaça a intolerância escolástica, critica a guerra, a avareza, os vícios da
igreja e nega a predestinação. Vives, da Espanha, afirma que os sentidos abrem
caminho ao conhecimento, propõe o método indutivo e inicia a psicologia.
Giordano Bruno, da Itália, defende a ideia de um infinito sem ponto central e
de uma única matéria universal, da qual Deus seria o intelecto.
Literatura
poética - O
italiano Ariosto cria o poema épico cavalheiresco, legendário e realista. Tasso
exprime o sentimento religioso da contrarreforma. Rabelais (França) faz poemas
satíricos e epicuristas. Camões (Portugal) cria a épica dos descobrimentos
marítimos.
Dramaturgia - Marlowe, inglês, recupera a
tradição germânica do Dr. Fausto. Ben Jonson, também inglês, retoma as
lendas sobre os alquimistas. Gil Vicente (Portugal) faz novelas picarescas.
Shakespeare (Inglaterra), com dramas históricos, comédias de intrigas e
tragédias, torna-se o maior dramaturgo de todos os tempos.
Artes plásticas - Michelangelo (Itália) esculpe Moisés
e Pietá, pinta o teto, as paredes principais e o altar-mor da Capela
Sistina. Leonardo da Vinci (Itália) projeta palácios, inventa mecanismos, faz
esculturas e pinta a Santa Ceia, Mona Lisa ou Gioconda. Fra
Angélico, Boticelli, Rafael, Tiziano, Tintoretto e El Greco são destaques numa
legião de pintores italianos e espanhóis que deixam obras inigualáveis.
Literatura
política -
Maquiavel (Itália) é o iniciador do moderno pensamento político. Morus
(Inglaterra) critica a sociedade feudal e descreve um Estado ideal (Utopia),
localizado numa república de organização comunitária. Campanela (Itália) afirma
o princípio da autoconsciência e descreve uma sociedade ideal inspirada em
Morus.
Nicolau
Maquiavel
(1469-1527), historiador, político e filósofo italiano. A partir de 1498 é
chanceler e depois secretário das relações exteriores da República de Florença.
Desempenha missões no exterior e, em 1502, passa cinco meses como embaixador
junto a Cesare Borgia, cuja política enérgica e inescrupulosa lhe inspira
admiração. O fim da República e a volta dos Médici ao poder, em 1512, leva-o ao
exílio. Nesse período escreve sua obra mais famosa, O príncipe, marco do
pensamento político moderno. O livro é uma espécie de manual de política
destinado a ensinar aos príncipes como manter o poder, mesmo à custa de mentira
e meios amorais. Torna famoso o princípio "Os fins justificam os meios".
Grandes
invenções - O
polonês Copérnico fundamenta a noção de que o Sol é o centro do universo
(heliocentrismo). Paracelso, da Suíça, reforma a química e a medicina. Leonardo
da Vinci inventa a prensa hidráulica e as máquinas voadoras. O alemão Kepler
inventa o telescópio e demonstra as teorias de Copérnico. O italiano Galileu Galilei
desenvolve métodos científicos de análise da realidade e de comprovação
experimental. A imprensa de letras metálicas móveis é inventada pelo alemão
Johann Gutenberg em 1445. A pólvora começa a ser utilizada como arma de guerra.
Em 1500 é inventado o relógio de bolso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.