sábado, 11 de novembro de 2023

ROTAS DA ESCRAVIDÃO


Rotas da escravidão


É difícil saber quantos africanos foram trazidos para o Brasil ao longo de três séculos de tráfico negreiro. Muitos registros que poderiam tornar os dados mais precisos foram perdidos ou destruídos. As estimativas indicam que entre 3.300.000 e oito milhões de pessoas desembarcaram nos portos brasileiros para serem vendidas como escravas, de meados do século XVI até 1850, quando o tráfico foi efetivamente abolido pela Lei Eusébio de Queiroz.




As quatro principais rotas dos navios negreiros que ligaram o continente africano ao Brasil foram as da Guiné, Mina, Angola e Moçambique. Elas concentravam o comércio de seres humanos que, na maioria dos casos, eram aprisionados em guerras feitas por chefes tribais, reis ou sobas africanos para esse fim. Os traficantes, principalmente portugueses, mas também de outras nações europeias e posteriormente brasileiros, obtinham os prisioneiros em troca de armas de fogo, tecidos, espelhos, utensílios de vidro, de ferro, tabaco e aguardente, entre outros. Os navios, dependendo do tipo, traziam de 300 a 600 cativos por vez. Entre 10% e 20% deles morriam na viagem.

 Rota da Guiné

No século XVI, a Alta Guiné foi o principal núcleo de obtenção de africanos para serem escravizados pelos traficantes portugueses. De Cabo Verde, saíam navios com cativos vindos principalmente da região onde hoje se situam Guiné-Bissau, Senegal, Mauritânia, Gâmbia, Serra Leoa, Libéria e Costa do Marfim. Essa área era habitada por diferentes povos, entre os quais os balantas, fulas, mandingas, manjacos, diolas, uolofes e sereres.

O destino desses prisioneiros, no Brasil, eram as regiões Nordeste e Norte. Mas a Rota da Guiné teve menor impacto sobre a formação da população brasileira do que as outras rotas, pois a necessidade de mão de obra nas Américas ainda era pequena no primeiro século da colonização.

 Rota da Mina

A fortaleza de São Jorge da Mina foi erguida pelos portugueses por volta de 1482 na costa da atual Gana, para proteger o comércio de ouro na região. Embora tomada pelos holandeses em 1632, ela se tornaria, ainda no século XVII, um importante entreposto do tráfico de africanos escravizados para o Brasil e outros países.

Os africanos embarcados na Mina (ou Elmina) e nos outros portos do Golfo da Guiné eram principalmente dos grupos axanti, fanti, iorubá, hauçá, ibô, fon, ewe-fon, bariba e adjá. Além de Gana, eles eram trazidos dos atuais territórios de Burkina Faso, Benim, Togo, Nigéria, sul do Níger, Chad, norte do Congo e norte do Gabão, para atender à crescente demanda por mão-de-obra ocasionada pelo desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar no Brasil e no Caribe. Os portos brasileiros, do Maranhão ao Rio de Janeiro, com destaque para Salvador, foram abastecidos por essa rota até a primeira metade do século XIX.

 Rota de Angola

Essa rota forneceu cerca de 40% dos 10 milhões de africanos trazidos para as Américas. No caso do Brasil, os navios que partiam da costa dos atuais territórios do Congo e de Angola se destinavam principalmente aos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Os povos da África Central Atlântica, como os ovimbundos, bacongos, ambundos e muxicongos, pertenciam ao chamado grupo linguístico banto, que reúne cerca de 450 línguas.

O tráfico dessa região para o Brasil começou ainda no século XVI. Foi inicialmente marcado pela aliança entre os portugueses e o reino do Congo. Mas, para escapar do monopólio do rei congolês no fornecimento de africanos escravizados, Portugal passou a concentrar esforços na região mais ao sul, onde hoje se situa Angola. De lá, veio a maior parte dos africanos que entraram no Brasil, principalmente pelo Rio de Janeiro, no período colonial.

 Rota de Moçambique

No início do século XIX, a Inglaterra passou a pressionar Portugal no sentido de acabar com o tráfico negreiro, o que resultou nos tratados de 1810 entre os dois países. Para escapar ao controle britânico na maior parte do Atlântico, muitos traficantes se voltaram para uma rota até então pouco explorada, que partia da África Oriental. Os navios saíam principalmente dos portos de Lourenço Marques (atual Maputo), Inhambane e Quelimane, em Moçambique, e se dirigiam ao Rio de Janeiro.

Africanos embarcados nesses portos pertenciam a uma diversidade de povos, entre os quais os macuas, swazis, macondes e ngunis, e ganhavam no Brasil a designação geral de moçambiques". Entre 18% a 27% da população africana no Rio do século XIX era de moçambiques. No entanto, nem todos vinham da colônia portuguesa e, sim, de regiões vizinhas – onde hoje estão Quênia, Tanzânia, Malauí, Zâmbia, Zimbábue, África do Sul e Madagascar. O grupo linguístico majoritário era o banto.




7º Ano: RENASCIMENTO CULTURAL EUROPEU


Manifesta-se através de uma explosão de criações artísticas, literárias e científicas que revalorizam a Antiguidade clássica greco-romana e o humanismo. Choca-se com os dogmas religiosos e as proibições da Igreja Católica, enfrentam a Inquisição e criticam o mundo medieval. Vários dos literatos e cientistas desse período são perseguidos e mortos. Seus precursores são Dante Alighieri, Petrarca e Bocaccio.

Mecenas - A difusão das ideias da Antiguidade clássica na Itália e outros centros europeus se dão, inicialmente, por emigrados gregos, judeus e bizantinos. Mas é a concentração da riqueza nos comerciantes e banqueiros dos centros urbanos que permite transformar a arte e a cultura em produtos comerciais e fazer com que potentados econômicos como os Médici de Florença se tornem grandes mecenas ou incentivadores do movimento cultural e artístico da época.

HUMANISMO

Tem por base o neoplatonismo, que exalta os valores humanos e tenta dar nova dimensão ao homem. O humanismo se expande a partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e teatros em Roma, Florença, Nápoles, Paris e Londres. A escultura e a pintura redescobrem o corpo humano. A arquitetura retoma as linhas clássicas e os palácios substituem os castelos. A música instrumental e vocal polifônica se sobrepõe ao cantochão (monótico). Expandem-se a prosa e a poesia literária, a dramaturgia, a filosofia e a literatura política.

Filosofia - O holandês Erasmo de Roterdã rechaça a intolerância escolástica, critica a guerra, a avareza, os vícios da igreja e nega a predestinação. Vives, da Espanha, afirma que os sentidos abrem caminho ao conhecimento, propõe o método indutivo e inicia a psicologia. Giordano Bruno, da Itália, defende a ideia de um infinito sem ponto central e de uma única matéria universal, da qual Deus seria o intelecto.

Literatura poética - O italiano Ariosto cria o poema épico cavalheiresco, legendário e realista. Tasso exprime o sentimento religioso da contrarreforma. Rabelais (França) faz poemas satíricos e epicuristas. Camões (Portugal) cria a épica dos descobrimentos marítimos.

Dramaturgia - Marlowe, inglês, recupera a tradição germânica do Dr. Fausto. Ben Jonson, também inglês, retoma as lendas sobre os alquimistas. Gil Vicente (Portugal) faz novelas picarescas. Shakespeare (Inglaterra), com dramas históricos, comédias de intrigas e tragédias, torna-se o maior dramaturgo de todos os tempos.

Artes plásticas - Michelangelo (Itália) esculpe Moisés e Pietá, pinta o teto, as paredes principais e o altar-mor da Capela Sistina. Leonardo da Vinci (Itália) projeta palácios, inventa mecanismos, faz esculturas e pinta a Santa Ceia, Mona Lisa ou Gioconda. Fra Angélico, Boticelli, Rafael, Tiziano, Tintoretto e El Greco são destaques numa legião de pintores italianos e espanhóis que deixam obras inigualáveis.

Literatura política - Maquiavel (Itália) é o iniciador do moderno pensamento político. Morus (Inglaterra) critica a sociedade feudal e descreve um Estado ideal (Utopia), localizado numa república de organização comunitária. Campanela (Itália) afirma o princípio da autoconsciência e descreve uma sociedade ideal inspirada em Morus.

Nicolau Maquiavel (1469-1527), historiador, político e filósofo italiano. A partir de 1498 é chanceler e depois secretário das relações exteriores da República de Florença. Desempenha missões no exterior e, em 1502, passa cinco meses como embaixador junto a Cesare Borgia, cuja política enérgica e inescrupulosa lhe inspira admiração. O fim da República e a volta dos Médici ao poder, em 1512, leva-o ao exílio. Nesse período escreve sua obra mais famosa, O príncipe, marco do pensamento político moderno. O livro é uma espécie de manual de política destinado a ensinar aos príncipes como manter o poder, mesmo à custa de mentira e meios amorais. Torna famoso o princípio "Os fins justificam os meios".

Grandes invenções - O polonês Copérnico fundamenta a noção de que o Sol é o centro do universo (heliocentrismo). Paracelso, da Suíça, reforma a química e a medicina. Leonardo da Vinci inventa a prensa hidráulica e as máquinas voadoras. O alemão Kepler inventa o telescópio e demonstra as teorias de Copérnico. O italiano Galileu Galilei desenvolve métodos científicos de análise da realidade e de comprovação experimental. A imprensa de letras metálicas móveis é inventada pelo alemão Johann Gutenberg em 1445. A pólvora começa a ser utilizada como arma de guerra. Em 1500 é inventado o relógio de bolso.

CONFLITOS ÁRABES-ISRAELENSES


A Questão Palestina

Palestina (do original Filistina – “Terra dos Filisteus”) é o nome dado desde a Antiguidade à região do Oriente Próximo (impropriamente chamado de “Oriente Médio”), localizada ao sul do Líbano e a nordeste da Península do Sinai, entre o Mar Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão. Trata-se da Canaã bíblica, que os judeus tradicionalistas preferem chamar de Sion.

A Palestina foi conquistada pelos hebreus ou israelitas (mais tarde também conhecidos como judeus) por volta de 1200 a.C., depois que aquele povo se retirou do Egito, onde vivera por alguns séculos.


        Mas as sucessivas dominações estrangeiras, começadas com a tomada de Jerusalém (587 a.C.) por Nabucodonosor, rei da Babilônia, deram início a um progressivo processo de diáspora (dispersão) da população judaica, embora sua grande maioria ainda permanecesse na Palestina.



As duas rebeliões dos judeus contra o domínio romano (em 66-70 e 133-135 d.C.) tiveram resultados desastrosos. Ao debelar a primeira revolta, o general (mais tarde imperador) Tito arrasou o Templo de Jerusalém, do qual restou apenas o Muro das Lamentações. E o imperador Adriano, ao sufocar a segunda, intensificou a diáspora e proibiu os judeus de viver em Jerusalém. A partir de então, os israelitas espalharam-se pelo Império Romano; alguns grupos emigraram para a Mesopotâmia e outros pontos do Oriente Médio, fora do poder de Roma.

A partir de então, a Palestina passou a ser habitada por populações helenísticas romanizadas; e, em 395, quando da divisão do Império Romano, tornou-se uma província do Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino).




Em 638, a região foi conquistada pelos árabes, no contexto da expansão do islamismo, e passou a fazer parte do mundo árabe, embora sua situação política oscilasse ao sabor das constantes lutas entre governos muçulmanos rivais. Chegou até mesmo a constituir um Estado cristão fundado pelos cruzados (1099-1187). Finalmente, de 1517 a 1918, a Palestina foi incorporada ao imenso Império Otomano (ou Império Turco). Deve-se, a propósito, lembrar que os turcos, e embora muçulmanos, não pertencem à etnia árabe.




Em 1896, o escritor austríaco de origem judaica Theodor Hertz fundou o Movimento Sionista, que pregava a criação de um Estado judeu na antiga pátria dos hebreus.

Esse projeto, aprovado em um congresso israelita reunido em Genebra, teve ampla ressonância junto à comunidade judaica internacional e foi apoiado sobretudo pelo governo britânico (apoio oficializado em 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, pela Declaração Balfour).

No início do século XX, já existiam na região pequenas comunidades israelitas, vivendo em meio à população predominantemente árabe. A partir de então, novos núcleos começaram a ser instalados, geralmente mediante compra de terras aos árabes palestinos.



Durante a Primeira Guerra Mundial, a Turquia lutou ao lado da Alemanha e, derrotada, viu-se privada de todas as suas possessões no mundo árabe. A Palestina passou então a ser administrada pela Grã-Bretanha, mediante mandato concedido pela Liga das Nações.



Depois de 1918, a imigração de judeus para a Palestina ganhou impulso, o que começou a gerar inquietação no seio da população árabe. A crescente hostilidade desta última levou os colonos judeus a criar uma organização paramilitar – a Haganah – a princípio voltada para a autodefesa e mais tarde também para operações de ataque contra os árabes.

Apesar do conteúdo da Declaração Balfour, favorável à criação de um Estado judeu, a Grã-Bretanha tentou frear o movimento imigratório para não descontentar os Estados muçulmanos do Oriente Médio, com quem mantinha proveitosas relações econômicas; mas viu-se confrontada pela pressão mundial da coletividade israelita e, dentro da própria Palestina, pela ação de organizações terroristas.

Após a Segunda Guerra Mundial, o fluxo de imigrantes judeus tornou-se irresistível. Em 1947, a Assembléia Geral da ONU decidiu dividir a Palestina em dois Estados independentes: um judeu e outro palestino. Mas tanto os palestinos como os Estados árabes vizinhos recusaram-se a acatar a partilha proposta pela ONU.




Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, que se viu imediatamente atacado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano (1ª Guerra Árabe-Israelense). Os árabes foram derrotados e Israel passou a controlar 75% do território palestino. A partir daí, iniciou-se o êxodo dos palestinos para os países vizinhos. Atualmente, esses refugiados somam cerca de 3 milhões.

Os 25% restantes da Palestina, correspondentes à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, ficaram sob ocupação respectivamente do Egito e da Jordânia. Note-se que a Cisjordânia incluía a parte oriental de Jerusalém, onde fica a Cidade Velha, de grande importância histórica e religiosa.

Damos a seguir a cronologia dos principais acontecimentos subsequentes:

1947 – A ONU aprova a partilha da Palestina em dois Estados – um judeu e outro árabe. Essa resolução é rejeitada pela Liga dos Estados Árabes.

1948 – Os Judeus proclamam o Estado de Israel, provocando a reação dos países árabes. Primeira Guerra Árabe-Israelense. Vitória de Israel sobre o Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano e ampliação do território israelense em relação ao que fora estipulado pela ONU. Centenas de milhares de palestinos são expulsos para os países vizinhos. Como territórios palestinos restaram a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ocupadas respectivamente por tropas egípcias e jordanianas.

1956 – Guerra entre Israel e o Egito. Embora vitoriosos militarmente, os israelenses retiraram-se da Faixa de Gaza e da parte da Península do Sinai que haviam ocupado.

1964 – Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cuja pretensão inicial era destruir Israel e criar um Estado Árabe Palestino. Utilizando táticas terroristas e sofrendo pesadas retaliações israelenses, a OLP não alcançou seu objetivo e, com o decorrer do tempo, passou a admitir implicitamente a existência de Israel.

1967 – Guerra dos Seis Dias. Atacando fulminantemente em três frentes, os israelenses ocupam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (territórios habitados pelos palestinos) e tomam a Península do Sinai ao Egito, bem como as Colinas de Golan à Síria.




1970 – “Setembro Negro”. Desejando pôr fim às retaliações israelenses contra a Jordânia, de onde provinha a quase totalidade das incursões palestinas contra Israel, o rei Hussein ordena que suas tropas ataquem os refugiados palestinos. Centenas deles são massacrados e a maioria dos sobreviventes se transfere para o Líbano.

1973 – Guerra do Yom Kippur (“Dia do Perdão”). Aproveitando o feriado religioso judaico, Egito e Síria atacam Israel; são porém derrotados e os israelenses conservam em seu poder os territórios ocupados em 1967. Para pressionar os países ocidentais, no sentido de diminuir seu apoio a Israel, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) provoca uma forte elevação nos preços do petróleo.

1977 – Pela primeira vez, desde a fundação de Israel, uma coalizão conservadora (o Bloco Likud) obtém maioria parla mentar. O novo primeiro-ministro, Menachem Begin, inicia o assentamento de colonos judeus nos territórios ocupados em 1967.

1979 – Acordo de Camp David. O Egito é o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel. Este, em contrapartida, devolve a Península do Sinai ao Egito (cláusula cumprida somente em 1982). Em 1981, militares egípcios contrários à paz com Israel assassinam o presidente Anwar Sadat.

1982 – Israel invade o Líbano (então em plena guerra civil entre cristãos e muçulmanos) e consegue expulsar a OLP do território libanês. Os israelenses chegam a ocupar Beirute, capital do Líbano. Ocorrem massacres de refugiados palestinos pelas milícias cristãs libanesas, com a conivência dos israelenses.

1985 – As tropas israelenses recuam para o sul do Líbano, onde mantêm uma “zona de segurança” com pouco mais de 10 km de largura. Para combater a ocupação israelense, forma-se o Hezbollah (“Partido de Deus”), organização xiita libanesa apoiada pelo governo islâmico fundamentalista do Irã.

1987 – Começa em Gaza (e se estende à Cisjordânia) a Intifada (“Revolta Popular”) dos palestinos contra a ocupação israelense. Basicamente, a Intifada consiste em manisfestações diárias da população civil, que arremessa pedras contra os soldados israelenses. Estes frequentemente revidam a bala, provocando mortes e prejudicando a imagem de Israel junto à opinião internacional. Resoluções da ONU a favor dos palestinos são sistematicamente ignoradas pelo governo israelense ou vetadas pelos Estados Unidos. A Intifada termina em 1992.

1993 – Com a mediação do presidente norte-americano Bill Clinton, Yasser Arafat, líder da OLP, e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, firmam em Washington um acordo prevendo a criação de uma Autoridade Nacional Palestina, com autonomia administrativa e policial em alguns pontos do território palestino. Prevê-se também a progressiva retirada das forças israelenses de Gaza e da Cisjordânia. Em troca, a OLP reconhece o direito de Israel à existência e renuncia formalmente ao terrorismo. Mas duas organizações extremistas palestinas (Hamas e Jihad Islâmica) opõem-se aos termos do acordo, assim como os judeus ultranacionalistas.

1994 – Arafat retorna à Palestina, depois de 27 anos de exílio, como chefe da Autoridade Nacional Palestina (eleições realizadas em 1996 o confirmam como presidente) e se instala em Jericó. Sua jurisdição abrange algumas localidades da Cisjordânia e a Faixa de Gaza – embora nesta última 4 000 colonos judeus permaneçam sob administração e proteção militar israelenses. O mesmo ocorre com os assentamentos na Cisjordânia. Na cidade de Hebron (120 000 habitantes palestinos), por exemplo, 600 colonos vivem com o apoio de tropas de Israel. Nesse mesmo ano, a Jordânia é o segundo país árabe a assinar um tratado de paz com os israelenses.

1995 – Acordo entre Israel e a OLP para conceder autonomia (mas não soberania) a toda a Palestina, em prazo ainda indeterminado. Em 4 de novembro, Rabin é assassinado por um extremista judeu.

1996 – É eleito primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, do Partido Likud (antes denominado Bloco Liked), que paralisa a retirada das tropas de ocupação dos territórios palestinos e intensifica os assentamentos de colonos judeus em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em meio à população predominantemente árabe. O processo de pacificação da região entra em compasso de espera, ao mesmo tempo em que recrudescem os atentados terroristas palestinos. Em Israel, o primeiro-ministro (chefe do governo) é eleito pelo voto direto dos cidadãos.

1999 – Ehud Barak, do Partido Trabalhista (ao qual também pertencia Yitzhak Rabin), é eleito primeiro-ministro e retoma as negociações com Arafat, mas sem que se produzam resultados práticos.

2000 – Israel retira-se da “zona de segurança” no sul do Líbano. Enfraquecido politicamente, devido à falta de progresso no camiho da paz, e também devido às ações terroristas palestinas (não obstante as represálias israelenses), Barak renuncia ao cargo de primeiro-ministro. São convocadas novas eleições, nas quais ele se reapresenta como candidato. Mas o vencedor é o general da reserva Ariel Sharon, do Partido Likud, implacável inimigo dos palestinos. Pouco antes das eleições, começa nos territórios ocupados uma nova Intifada.

2001 – Agrava-se o ciclo de violência: manifestações contra a ocupação israelense, atentados suicidas palestinos e graves retaliações israelenses. Nesse contexto, Yasser Arafat, já septuagenário, parece incapaz de manter a autoridade sobre seus compatriotas ou de restabelecer algum tipo de diálogo com Israel, cujo governo por sua vez mantém uma inflexível posição de força.

Em 2005, Israel decidiu retirar seus colonos e militares da Faixa de Gaza, entregando sua administração à Autoridade Nacional Palestina (ANP). Apesar disso, Israel continuou a controlar as fronteiras e o acesso marítimo a Gaza.


Na Cisjordânia, pouco mudou já que a política de assentamentos judaicos e a ocupação militar do território continuaram. Ainda hoje, grande parte desse território palestino tem sua administração civil e militar concentrada nas mãos de Israel.




Apesar da devolução de Gaza aos palestinos, o território passou a ser o principal foco de problema do conflito israelense-palestino, já que, em 2006, o Hamas, movimento fundamentalista islâmico, venceu as eleições parlamentares palestinas. Em seguida, o Hamas rompeu com o Fatah, organização política e militar palestina, tomando o controle de Gaza, enquanto seu rival político mantinha o controle sobre a Cisjordânia.


Visto como um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e por países europeus, o Hamas sofreu uma série de sanções por parte desses países. O governo israelense ampliou a vigilância sobre Gaza, aumentando seu controle sobre as fronteiras e restringindo a circulação de produtos e pessoas entre os dois territórios. Desde então, houve uma série de confrontos abertos entre as duas partes: o governo israelense e o Hamas.

Em geral, os confrontos envolvem o lançamento de foguetes pelo Hamas a cidades de Israel e ataques de Israel a Gaza, por meio de bombardeios e ofensivas terrestres (quando militares israelenses entram no território palestino).








Além dos confrontos abertos que resultaram em centenas de mortes (na maioria, de palestinos), a relação entre israelenses e palestinos nas últimas décadas tem sido marcada por atentados, conflitos entre militares israelenses e civis palestinos, intifadas (revoltas populares) e tentativas de acordos de paz que sempre são emperradas por algum motivo.

Entre os pontos de desacordo estão a divisão de Jerusalém, a retirada dos colonos israelenses de terras palestinas, o retorno de refugiados das guerras árabe-israelenses a suas antigas terras e o reconhecimento da Palestina como Estado independente.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

UNIFICAÇÃO ITALIANA E ALEMÃ

 

 Até a segunda metade do século XIX, a península Itálica e o território da atual Alemanha estiveram divididos entre vários Estados independentes. Nessas regiões, então, iniciou-se um processo de centralização política. Ao final de algumas décadas, estariam formadas a Itália e a Alemanha.

A unificação ocorreu, nesses dois países, de forma conflituosa e alterou profundamente o cenário político e econômico europeu.

 A situação da península Itálica

Até 1870 não existia uma Itália, mas diversos reinos independentes. Após o Congresso de Viena, em 1815, o território da península Itálica passou a ser em grande parte dominada por franceses e austríacos e pela Igreja católica.

Cada um dos Estados da península era governado por uma dinastia, geralmente tradicional e autoritária. Por exemplo: a família Bourbon, descendente de antigos reis da França, dominava a região de Nápoles; os Habsburgos, antiga família de origem austríaca, controlavam a Lombardia e Veneza.

No norte da península, o reino de Piemonte-Sardenha era governado pela tradicional dinastia de Savóia. A região diferenciava-se das demais por ter um acentuado desenvolvimento industrial e comercial, cidades populosas e uma considerável rede ferroviária. Além disso, sua burguesia era forte e influente politicamente. Os burgueses consideravam fundamental, para o incremento das atividades econômicas, a formação de um amplo mercado consumidor para seus produtos. Por isso, tinham interesse na unificação da península.

Assim, foi no reino de Piemonte-Sardenha, o mais forte do norte da península, que teve início o movimento pela unificação.

O Reino da Itália

Um dos principais personagens da unificação italiana foi Giuseppe Mazzini, republicano que criou o movimento jovem Itália.

Em 1848, o rei do Piemonte-Sardenha, Carlos Alberto, tentou a unificação, declarando guerra à Áustria, mas foi derrotado.

Em 1852, o conde Cavour, primeiro-ministro do rei Vítor Emanuel II (filho de Carlos Alberto), apoiado pelos partidários da unificação, retomou a luta. Antes de declarar guerra à Áustria, adotou algumas medidas fundamentais: fortalecimento da economia e obtenção do apoio da França contra os austríacos.

Cavour pediu apoio a Napoleão III, da França, pois estava convencido de que sem a ajuda de uma grande potência seria impossível derrotar a Áustria. Napoleão III, movido pelo interesse em compensações territoriais, financeiras e comerciais, acolheu o pedido.

A guerra contra a Áustria começou em 1859, com os piemonteses aliados aos franceses e auxiliados por movimentos populares. Esses movimentos foram liderados pelo revolucionário Giuseppe Garibaldi.

Os piemonteses e seus aliados derrotaram a Áustria, que cedeu a região da Lombardia. Napoleão III, porem, pressionado pela Prússia e pelos católicos franceses, retirou seu apoio à causa da unificação italiana. Em contrapartida, as vitórias militares de 1859 tiveram grande repercussão em diversas partes da península Itálica. A população de pequenos reinos que pertenciam ao papa, Como Toscana, Parma, Módena e Romagna, começou a mobilizar-se com o objetivo de unir esses Estados ao Piemonte. Quase ao mesmo tempo, Garibaldi e um corpo de voluntários, chamados camisas vermelhas, invadiram e ocuparam o Reino das Duas Sicílias, no sul. Em seguida, entraram em Nápoles e obrigaram o rei Francisco II a fugir.

Enquanto isso, Vítor Emanuel II ocupou parte dos Estados Pontifícios. Em 1861 esses territórios foram anexados à Alta Itália, formando-se assim o Reino da Itália. Faltavam apenas o reino de Veneza e a cidade de Roma.

A conquista de Veneza e de Roma

Veneza naquela época estava ocupada pelos austríacos. Roma era capital do Estado da Igreja e protegida por tropas francesas.

Em 1866 tornou-se possível a conquista de Veneza, em conseqüência da guerra entre a Áustria e a Prússia. Os italianos aliaram-se aos prussianos contra os austríacos, que foram obrigados a ceder o domínio da cidade.

Em 1870, França e Prússia entraram em guerra, e as tropas francesas que estavam em Roma foram chamadas às pressas para combater. Os italianos aproveitaram então a oportunidade e tomaram a cidade. Assim, Roma tornou-se a capital da Itália unificada. O papa Pio IX refugiou-se na área da Basílica de São Pedro, recusando-se a reconhecer o Estado italiano unificado.

Em 1929 foi assinado o Tratado de Latrão, pelo qual Benito Mussolini, que então governava o país, indenizou a Igreja, cujo papa era Pio XI, pelos prejuízos sofridos e concedeu-lhe a soberania do território da praça de São Pedro. Criou-se assim o Estado do Vaticano, e a Igreja restabeleceu relações diplomáticas com o governo italiano.

 A situação dos Estados germânicos

Em 1815 o Congresso de Viena dividiu o território germânico em 39 Estados, formando a Confederação Germânica. O poder pertencia teoricamente a uma assembléia, a Dieta de Frankfurt, que reunia os representantes de todos os Estados. Essa assembléia, no entanto, não tinha poder efetivo, pois quem de fato mandava eram os representantes dos grandes Estados, principalmente a Áustria e a Prússia.

A Áustria, cuja população era quase toda católica, opunha-se à unificação; enquanto a Prússia, o mais rico dos Estados germânicos e com maioria protestante, queria a unificação para melhor exercer sua influência.

Em 1834, por iniciativa da Prússia, foi criado o Zollverein (união aduaneira dos Estados germânicos). A maioria dos Estados tomou parte nessa associação, mas a Áustria negou-se a aderir, o que provocou o enfraquecimento de sua influência entre os demais Estados. A consolidação do Zollverein favoreceu o desenvolvimento industrial, principalmente da região da Prússia.

 Bismarck

Em 1862, o rei da Prússia, Guilherme I, nomeou para o cargo de primeiro-ministro o diplomata Otto von Bismarck, conhecido como chanceler de ferro. Defensor da unificação alemã sob a liderança da Prússia, Bismarck queria maior desenvolvimento industrial para o seu Estado. Para ele, a unificação dos Estados germânicos teria de ser alcançada pela força militar.

Em certa ocasião, declarou: "Os grandes problemas da época não se resolvem com discursos nem com votação de maiorias, mas a ferro e sangue. A Alemanha não deposita esperanças no liberalismo da Prússia, e sim em seu armamento".

Fiel ao seu princípio militarista, Bismarck reorganizou o exército, dobrou o seu efetivo (passou a ter 400 mil homens) e reequipou-o com potentes armamentos.

A unificação dos Estados germânicos foi alcançada por Bismarck em etapas sucessivas. As principais foram:

·         Guerra dos Ducados - os ducados de Schleswig e Holstein, habitados quase que exclusivamente por alemães, estavam em poder da Dinamarca. Em 1864, prussianos e austríacos aliaram-se para lutar contra os dinamarqueses. Estes acabaram cedendo os ducados. A Áustria ficou com Holstein e a Prússia com Schleswig.

·         Guerra Áustro-Prussiana - Bismarck não gostou da divisão, pois queria os dois territórios para a Prússia. Usando como pretexto a má administração em Holstein, declarou guerra à Áustria, em 1866. Os austríacos foram facilmente vencidos, pois tinham de sustentar duas frentes de batalha, uma na península Itálica e outra na própria Áustria. Em conseqüência, tiveram de entregar Holstein à Prússia e Veneza à Itália.

A vitória sobre os austríacos permitiu à Prússia a anexação de todos os Estados germânicos localizados no norte da Confederação. Assim, em 1867, foi fundada a Confederação Germânica do Norte, presidida pelo rei da Prússia, em substituição à Confederação Germânica. Agora faltavam apenas os Estados do sul para completar a unificação. Mas a tentativa de anexá-los esbarrou na oposição de Napoleão III, imperador da França. Para concluir a unificação da Alemanha, a Prússia teria de enfrentar a França. 

·         Guerra Franco-Prussiana -  o pretexto para a Guerra Franco-Prussiana surgiu em 1870, quando uma revolução deixou o trono espanhol vago. A sucessão foi oferecida ao príncipe Leopoldo de Hohenzollern, parente do rei da Prússia. Napoleão III considerou tal candidatura uma ameaça ao território da França no caso de uma guerra com a Prússia. O imperador francês, então, exigiu a retirada da candidatura. Bismarck irritou-se com a exigência e passou um telegrama para Napoleão III. Este, sentindo-se atingido, declarou guerra à Prússia. Todos os representantes dos Estados germânicos, do norte e do sul, com exceção dos austríacos, apoiaram Bismarck.

Em 1870, exércitos de diversos Estados germânicos, sob o comando das tropas prussianas, invadiram a França. Os franceses foram derrotados e Napoleão III foi feito prisioneiro, fato que desencadeou a insurreição revolucionária conhecida como Comuna de Paris. Em 1871, Guilherme I, rei da Prússia, foi aclamado imperador da Alemanha no Palácio de Versalhes, na França. Estava assim concluída a unificação da Alemanha e era fundado o Império Alemão ou II Reich (império).

Ainda em 1871, pelo Tratado de Frankfurt,  a França foi obrigada a ceder à Alemanha os territórios da Alsácia e Lorena, ricos em jazidas de ferro e carvão. Além disso, teve de pagar aos alemães pesada indenização de guerra.

O tratado representou o início da expansão econômica da Alemanha na Europa.

 As consequências da unificação alemã

A unificação trouxe para a Alemanha uma fase de rápida expansão econômica e militar. Vários bancos e indústrias foram criados, e o exército passou a ser um dos mais temidos por outros países da Europa.

Além disso, a partir de 1880, os alemães se lançaram em busca de novas colônias em regiões ocupadas pela Inglaterra e pela França. Em 1884, Bismarck. presidiu a Conferência de Berlim, que tinha como objetivo realizar a partilha da África. Quase todas as regiões reivindicadas por Bismarck eram monopolizadas pelos ingleses, o que aumentou a disputa entre eles.

Em 1882, sob a orientação de Bismarck, Alemanha, Áustria e Itália formaram a Tríplice Aliança. As três potências estabeleceram, assim, um acordo de ajuda mútua, caso fossem atacadas pelas tropas francesas ou russas.

Em 1907, França, Rússia e Inglaterra formaram a Tríplice Entente, precavendo-se contra a Alemanha.

Dessa forma, as potências europeias agruparam-se em dois sistemas de alianças motivadas por interesses econômicos e políticos, um dos aspectos que contribuíram para a Primeira Guerra Mundial.

 

sábado, 23 de março de 2019

EGITO E MESOPOTÂMIA

O CRESCENTE FÉRTIL:
         Berço das primeiras civilizações;
         Atual Iraque até Egito;
         Grandes rios;
         Terras férteis.
         Impérios TEOCRÁTICOS de REGADIO;
-          Líder = Deus ou representante dele;
-          Aproveitamento de cheias dos rios 
-        Civilizações fluviais;
         MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO:
-          Estado = dono das terras;
-          População = obras públicas e produção em geral sob forma de servidão coletiva;
-        Obrigações básicas: pagamento de impostos, serviço militar e produção;

         Recursos agrícolas distribuídos pelo Estado.

egito
Mesopotâmia
·             Rio Nilo – “Egito uma dádiva do Nilo”. O ciclo das águas nesta região promovia o regular transbordamento do rio que, durante a seca, deixava um rico material orgânico na superfície de suas terras. Percebendo tal alteração, os egípcios tiveram a capacidade de desenvolver uma civilização próspera que se ampliou graças às fartas colheitas realizadas. Dessa forma, temos definido o processo de desenvolvimento e expansão dos egípcios.
·             Defesas Naturais: Desertos, Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho;

·             “Terra entre rios” – Tigre e Eufrates.
·             Região de passagem entre o oriente e o ocidente: disputada.
·             Alta Mesopotâmia: Norte à Montanhosa
·             Média e Baixa Mesopotâmia à Centro e Sul: o mesmo processo de enchentes do rio Nilo no Egito.

- Comunidades primitivas = GENS;
- União de GENS = NOMOS (Nomarca = líder);
- União de NOMOS = REINOS (ALTO e BAIXO);
- União de REINOS = IMPÉRIO (Menés – 1º faraó)

Antigo Império (3200 – 2300 a.C);
·             Tínis e Mênfis;
·             Grandes pirâmides e obras de irrigação;
·             ESTADO + altos funcionários = controle administrativo;
·             Revoltas no final do período (altos impostos e trabalho excessivo);

Médio Império (2000 – 1580 a.C);
·             Tebas;
·             Faraós   X         Nomarcas;
·             Entrada de Hebreus no Egito;
·             Invasão dos Hicsos (introdução de cavalos e metalurgia).

Novo Império (1580 – 517 a.C);
·             Tebas;
·             Xenofobia e militarismo;
·             Escravização de hebreus (ÊXODO – retirada de hebreus do Egito);
·             Conquistas territoriais (Palestina, Fenícia e Síria);
·             Tentativa monoteísta (Amenófis IV – Aton);

Em 525 a.C., os persas conseguiram conquistar os egípcios no momento em que se vivia um período de instabilidade, marcado por diversas revoltas camponesas. Nos séculos seguintes, os egípcios foram alvo da dominação de outros diferentes povos: gregos, macedônios e romanos.
Sucessão de vários povos:
·             Sumérios:
         Origem semita
         Fundaram as primeiras cidades mesopotâmicas: Ur, Uruk e Lagash
         Formaram cidades-Estado governadas pelo patesi (supremo-sacerdote e chefe militar absoluto)
         Estabeleceram relações comerciais com vários povos da costa do Mediterrâneo e do Vale do Indo
         Criaram a escrita cuneiforme

·                 Acádios:
         Origem semita
         2300 a.C. à Sargão I: unificou politicamente a mesopotâmia
“Soberano dos quatro cantos do mundo”

·             1º Império Babilônico (2000 – 175 a.C):
         Séc. XVIII a.C. à Império de Hamurábi
Unificou a Mesopotâmia
Código de Hamurábi: “Lei de Talião” à “olho por olho, dente por dente”
         Hamurábi: transformou “Marduk” na principal divindade da Mesopotâmia
         Morte de Hamurábi à invasão dos hititas e cassitas

·             Assírios:
         Estado militarizado à cultura de guerra: ligada à religião (Deus Assur)
         Governo de Sargão II à conquistaram o Reino de Israel
         Governo de Assurbanipal à máxima extensão da Mesopotâmia
Conquistou o Egito

·             2º Império Babilônico ou Caldeu (612 – 539 a.C.)
         Governo de Nabucodonosor:
Derrotou os assírios
-          Determinou a construção dos Jardins Suspensos da Babilônia à homenagem ao Deus Marduk
-          Expandiu o império: dominou a Fenícia, Síria e Palestina
-          Escravizou os hebreus à “Cativeiro da Babilônia”
-          Morte de Nabucodonosor (539 a.C.) à Conquista persa liderada por Ciro, o “Grande”

Economia:
·              Agrícola;
·             Comércio interno e externo (navegação pelo Nilo)
·             Servidão coletiva;
·             Propriedade da terra = Faraó (governo)
Economia:
·             Agrícola (principal), com comércio e artesanato desenvolvidos;
·             Servidão coletiva;
·             Propriedade da terra = deuses (governo e templos)

Sociedade:
·             Faraó (considerado um deus vivo) e sua família
·             Sacerdotes, altos funcionários e nobreza.
Dominantes, detinham o poder de quatro formas básicas de manifestação desse poder: riqueza, política, militar e saber.

·             Camponeses (felás) e escravos (normalmente presos de guerra estrangeiros).
Dominados, consumiam diretamente o que produziam e eram obrigados a entregar excedentes para os dominantes



Sociedade:
·             Dominantes: governantes, sacerdotes, militares e comerciantes.
Detinham o poder de quatro formas básicas de manifestação desse poder: riqueza, política, militar e saber. Posição mais elevada era do rei que detinha poderes políticos, religiosos e militares. Ele não era considerado um deus, mas sim representante dos deuses.

·             Dominados: camponeses, pequenos artesãos e escravos (normalmente presos de guerra).
Consumiam diretamente o que produziam e eram obrigados a entregar excedentes para os dominantes

Religião:
·             Politeísta,
·             Antropozoomórfica,
·             Culto a diversos animais (vaca, touro, gato, crocodilo...),
·             AMON-RÁ (Sol) – principal Deus,
·             Crença na vida pós-morte;

Religião:
·             Politeísta,
·             Deuses = fenômenos naturais, sem crença de vida após a morte, cerimoniais visando recompensas terrenas;
·             Embora cada cidade tivesse sua divindade, havia deuses cultuados em toda a Mesopotâmia
·             Sacerdote: representava os deuses – combinava poder político com religioso: responsável pela adoração dos deuses


Cultura:
·             Conhecimentos de medicina, anatomia, técnicas de mumificação,

·             Calendário solar com o ano dividido em 12 meses de 30 dias, 

·             Arquitetura grandiosa especializando-se em obras hidráulicas e religiosas,

·             Pintura sem utilização de perspectiva voltada para a religião,

·             Escrita de 3 tipos: HIEROGLÍFICA, HIERÁTICA e DEMÓTICA. Escrita Ideográfica à objeto representado expressava uma ideia


Cultura:
·             ESCRITA CUNEIFORME
-          Origem sumeriana à mas usada pelos assírios, sumérios, sírios, hebreus e persas
-          Origem: religiosa à forma de cunha
-          Escrita Ideográfica à objeto representado expressava uma ideia

·             CÓDIGO DE LEIS
-          Continha 282 leis: questões sobre comércio, propriedade, família, herança, escravidão
-          Lei de Talião: “olho por olho, dente por dente” à a punição deve ser idêntica/proporcional ao delito cometido

·             Zigurates: templos religiosos

·             Astronomia: Sacerdotes grandes conhecedores de astronomia. Ligada à Astrologia. Torres dos Templos: observatórios astronômicos. Conheciam a diferença entre os planetas e as estrelas
Dividiram o ano em 12 meses, os meses em semanas, as semanas em 7 dias

·             Matemática:
Conheciam a multiplicação e a divisão
Dominavam operações de raízes quadradas e cúbicas
Dividiram o círculo em 360 graus

·             Medicina:
Catalogação de plantas medicinais
Medicina: ligada à adivinhação à mas não era confundida com a simples magia
Médicos: trabalhava junto com os adivinhos à para diagnosticar os males
Acreditavam que todos os males não tinham origem sobrenatural à utilizavam plantas e faziam intervenções cirúrgicas