domingo, 1 de abril de 2012

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL O PROGRESSO - Irmão Nilo: um Mestre da Pintura Sacra

Irmão Nilo: um Mestre da Pintura Sacra 
Irmão Nilo, cujo nome civil era João Ignácio Rech, nasceu no dia 02 de novembro de 1911, em Santa Cruz do Sul. Era filho de Nicolau e Ana Rech. Fez seus estudos no Colégio Champagnat, em Porto Alegre. Ingressou na Congregação Marista, emitindo os votos religiosos, em 10 de janeiro de 1928. Viveu pouco mais de 76 anos, dos quais 60 na vida Marista. Faleceu no dia 30 de janeiro de 1988, em Novo Hamburgo.
Trabalhou como professor e em múltiplas atividades nos Colégios Maristas de Rio Grande, Livramento, Uruguaiana, Santa Maria, Lajeado, Passo Fundo, Porto Alegre (Colégio Rosário) e, por maior número de anos em Novo Hamburgo (Colégio São Jacó e Pio XII).
Irmão Nilo desenvolveu, em favor da coletividade, o carisma especial de descobrir e curar doenças. Além do remédio para as enfermidades físicas, tinha sempre uma palavra de conforto espiritual àqueles que o procuravam. Aparentemente pouco sensível, era um homem mítico, de extraordinário poder sensitivo, que utilizou em prol dos sofredores e humildes.
Irmão Nilo sempre deu preferência à vida simples, frugal e austera. Aconselhava a austeridade a muitos. Tinha poucos, mas bons amigos, atendia a todos graciosamente. Aceitava contribuições espontâneas, que em nada revertia a ele, mas em esmolas e doações.
Renomado desenhista e pintor, deixou sua arte perpetuada em muitas igrejas de Mato Grosso e dos Vales do Rio dos Sinos e Caí, com especial destaque para as Igrejas de Estrela (São Cristóvão) de Maratá (São Miguel) e Novo Hamburgo. É lembrado, conhecido e reconhecido como notável professor e educador.
Em Brochier, deixou obras magníficas dos painéis o Nascimento de Jesus, o Batismo de Jesus por João Batista no Jordão e a Ressurreição de Cristo, cada um como mais de seis metros quadrados, além da pintura da parede do altar da Igreja Matriz São João Batista lembrando o Calvário com Cristo na cruz e Jerusalém ao fundo sob o sacrário, com o dístico “O Mestre está aí e te chama!”. Ainda pintou as Catorze Estações da Via Sacra com ênfase na expressão de Cristo, em telas menores, que foram retiradas da Matriz infelizmente.
Responsável pela Pesquisa: Vitor Hugo Garaeis, Prof. Esp. em História.
Fontes: Arquivo Provincial Marista do RS / Documentos Paroquiais / Pesquisa em História Oral Local.

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