Revoltas Emancipacionistas
O
século XVIII, na Europa, foi um período de transição da velha ordem monárquica,
absolutista, mercantilista e estamental para uma ordem mais liberal burguesa.
Essas transformações foram encabeçadas por países como França e Inglaterra,
berços de novas ideologias que vinham de encontro aos princípios do Antigo
Regime.
No plano filosófico, difundiram-se as idéias iluministas, que com o lema
"liberdade, igualdade e fraternidade", baseavam-se no princípio de
que todo homem podia aprender e agir com sua própria consciência, condenando a
submissão total ao Estado e exaltando valores como o individulismo, o livre
arbítrio, a liberdade de expressão e a propriedade privada. Influenciados por
esta doutrina, muitos movimentos eclodiram na Europa. O primeiro deles foi a
Revolução Industrial que impulsionou a burguesia e representou a transição do
capitalismo mercantil para o capitalismo industrial, difundindo a doutrina do liberalismo. Outro movimento de influências
Iluministas foi a Revolução Francesa que, também com bases liberalistas, fez a
burguesia chegar ao poder. Toda essa movimentação na Europa, teve como conseqüência
inicial a Independência dos Estados Unidos, que foi o primeiro forte indício da
decadência do sistema colonial e o ato responsável pela divulgação do Regime
Republicano na América.
Todos
estes acontecimentos e novos pensamentos circulantes chegavam ao Brasil através
de um hábito da época que era o de jovens da elite colonial brasileira viajarem
para a Europa para completar seus estudos, em sua grande maioria na
universidade de Coimbra. Lá, entravam em contato com todos estas novas idéias e
vinham divulgá-las na colônia ao retornarem. Em um Brasil sufocado pela
intensa exploração da Coroa Portuguesa, tais ideais foram muito bem aceitos,
servindo como fonte de inspiração para a ocorrência de algumas revoltas, cujas
propostas revolucionárias foram estruturadas sobre o desejo de emancipação
política da sua área de ocorrência.
|
Inconfidência Mineira
|
Conjuração Baiana
|
Quando
|
1789
|
1798
|
Onde
|
Vila Rica
|
Bahia - Salvador
|
Quem
|
Proprietários rurais, intelectuais, militares
e clérigos contra o Governo Português
|
Escravos, alfaiates e soldados (em geral
população negra e pobre). Movimento popular
|
Por
quê
|
Revolta da elite de Vila Rica contra o
domínio português e sua opressão tributária que retraia a condição econômica
da capitania
|
Reivindicação contra o alto custo de vida
em Salvador, falta de alimento e desigualdade social
|
Como
|
O movimento armado deveria eclodir no dia
da implantação da nova derrama, porém esta não aconteceu devido a denúncia de
três conspiradores. O movimento era frágil por não ter uma boa estrutura
militar, bélica e falta de apoio popular
|
Conspiradores espalharam pela cidade
cartazes que anunciavam o movimento. Houve repressão imediata, decretando a
devassa
|
Influências
externas
|
Idéias Iluministas e revolucionárias
européias, Revolução Industrial e Independência dos EUA
|
Ideais de igualdade e independência da
Revolução Francesa
|
Propostas
Revolucionárias
|
Separação política de Brasil e Portugal,
adoção do sistema republicano, transformação de São João Del Rei em nova
capital do país, apoio à Industrialização, obrigatoriedade ao Serviço Militar
e criação de uma universidade em Vila Rica
|
Igualdade social e racial, independência
do Brasil, fim da escravidão e proclamação da República
|
Conseqüências
|
Prisão e exílio do envolvidos,
enforcamento e esquartejamento de Tiradentes
|
Prisão e enforcamento dos principais
envolvidos
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.