segunda-feira, 1 de agosto de 2011

MONARQUIAS NACIONAIS EUROPÉIAS

Aliança rei e burguesia - A monarquia encontrou na burguesia e no comércio crescente entre as cidades uma fonte poderosa de recursos e incentivou as reivindicações dos burgueses contra os senhores feudais. Em troca, conta com o apoio da burguesia, que facilitou a luta da monarquia para submeter os senhores feudais. Estabelece-se, assim, uma aliança entre o rei e a burguesia, que foi decisiva para a constituição das monarquias nacionais européias a partir do século XIII.
A formação e consolidação de monarquias nacionais, subjugando os reinos ou principados feudais, decorreu da necessidade de atender ao crescimento econômico, proteger o comércio, unificar taxas e leis, normatizar pesos e medidas e controlar a moeda. As monarquias nacionais começam com as tentativas de consolidação das monarquias feudais e resultam em numerosas guerras e conflitos.
Peste Negra ou Bubônica - A epidemia altamente infecciosa atingiu a Europa por volta de 1347, quando chegou a Gênova um navio italiano vindo do mar Negro com toda a tripulação morta pela doença. A peste, transmitida ao homem por pulgas de ratos, espalha-se rapidamente pela Europa Central e Ocidental e dizima a população da maioria dos países europeus. Apenas regiões muito frias, como o norte da Escandinávia, escaparam da epidemia, porque ali os ratos não sobrevivem.
A peste matou milhões de camponeses e a mão-de-obra diminuiu ainda mais. Os servos estavam, portanto, em uma situação de relativa vantagem, isto é, podiam ate fazer exigências em troca de seu trabalho. Passaram a exigir a diminuição de impostos e queriam receber mais por seu trabalho. Isso mudava profundamente as relações de produção do Feudalismo: uma parte considerável de camponeses acumulava dinheiro suficiente para comprar sua liberdade, tornando-se cidadão livre. Os senhores feudais acabaram incentivando essa prática, que ia contra os próprios princípios do feudalismo. Por outro lado, em certas regiões, os senhores feudais temiam que seus servos fugissem e agravassem ainda mais a situação. Por isso, reprimiam os servos, aumentando as obrigações e os impostos. O resultado dessa superexploração foi piorar a crise: os camponeses não conseguiam atender as exigências porque suas forças chegaram a exaustão, o que acabou diminuindo ainda mais a produção.A forte pressão que a nobreza exercia sobre os servos acabou explodindo em rebeliões que também marcaram o século XIV como um século de crises.
Guerra dos Cem Anos – Entre a Inglaterra e a França, onde o rei inglês disputou o trono francês , durou de 1337 a 1453 (mesmo ano da queda de Constantinopla).
Fortalecimento do poder real - Nos períodos de guerra surgiu à necessidade de centralização do poder, até então disperso entre vários senhores feudais. No final da Idade Média, o poder real se encontra fortalecido e a nobreza feudal entra em declínio. Essa situação favorece a ascensão da burguesia.