sábado, 15 de outubro de 2011

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL IBIÁ - COLUNA OPINIÃO (2009)

Interações entre educação e história: perceptivas e práticas

Vitor Hugo Garaeis

    Dentre várias concepções do termo, pode-se afirmar que educação é o processo que busca a construção da identidade pessoal e do grupo.Tal busca de identidade é o esforço da pessoa para tornar-se mais humana.
    Paulo Freire escreve que a ação educativa essencial deve ser de cada cidadão a ser educado e de seu grupo, estando aqui incluído o esforço inicial e persistente, em buscar sua própria identidade,visto que a educação é um meio de se atingir a libertação e a transformação.
   Tradicionalmente, a escola se configurou como espaço de transmissão de conhecimentos considerados relevantes,tendo em vista a reprodução do status quo e a preparação de individualidades necessárias à sua manutenção.
   Hoje, a instituição escolar vê tal papel se desestruturar em função de vários fatores. As novas tecnologias de comunicação e informação alteram a lógica da produção e da distribuição dos saberes. A informação não é mais privilégio das instituições educativas e pode chegar aos educandos em diferentes lugares e situações.
   Existem outros espaços de saber que também educam,como museus,arquivos, programas de televisão e/ou rádio,filmes,peças de teatro, músicas, espaços de exposições etc.
Vários motivos levam os professores a buscar espaços não-formais de aprendizagem:a apresentação interdisciplinar dos temas,a interação com o cotidiano dos estudantes e a possibilidade de ampliação cultural.
   A educação liberta, no momento em que retira da ignorância e em que dá condições de discernimento entre o certo e o errado, possibilitando que a pessoa encontre o caminho desejado,conheça-se e sinta-se capaz de viver e conviver em sociedade, conhecendo o mundo que a cerca.
   Naturalmente, as reflexões críticas não exigem uma resposta única..A motivação para a busca de suas próprias conclusões tem sentido à medida que não se transmite conhecimento. Para isto, o papel do professor de História é fundamental,pois tem como objetivo participar da formação de alunos capazes de compreender o próprio valor histórico.
   A História,no contexto da sala de aula, deve ser um estudo participativo e, principalmente, crítico do passado, porém com relações com o presente e com vistas à tomada de consciência pelo indivíduo, que é, simultaneamente, sujeito e agente da história, transformador da sua realidade, e da sua própria superação como ser social.

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