domingo, 23 de outubro de 2011

Nova República (de 1985 a 2006)

1985   – Janeiro: em eleições indiretas para a Presidência da República, o candidato oposicionista Tancredo Neves derrota o
situacionista Paulo Maluf.
– Março: na véspera de sua posse, Tancredo Neves é hospitalizado. O vice José Sarney é empossado interinamente na
Presidência da República. Fim dos GOVERNOS MILITARES e início da NOVA REPÚBLICA. Em 21 de abril, é
anunciada a morte de Tancredo Neves.
1986   – O presidente Sarney lança o “Plano Cruzado”, numa tentativa de estabilizar a economia.
1987   – Instala-se o Congresso Constituinte, presidido pelo deputado Ulysses Guimarães.
1988   – O Congresso promulga a nova Constituição.
– Dezembro: Chico Mendes, seringueiro e ecologista, é assassinado no Acre.
1989   – Realizações das primeiras eleições presidenciais diretas após o golpe de 1964. No segundo turno, é eleito Fernando
Collor de Melo, do PRN, derrotando Luís Inácio Lula da Silva, do PT.
1990   – Posse de Fernando Collor de Melo. Implantação do “Plano Collor”, que muda a moeda em vigor e retém, por 24 meses, depósitos feitos em contas-correntes ou em poupanças.
1991   – Escândalos sucessivos abalam o governo Collor. A inflação retoma seu processo ascensional.
Durante o ano de 1992, o povo foi para as ruas em protesto contra os desmandos do governo Collor de Mello. Para não sofrer o impeachment, o presidente renunciou; a campanha popular assinalaria, também, o aparecimento de um novo personagem: os “caraspintadas”.
1992   – Setembro: Fernando Collor renuncia à Presidência pouco antes de sofrer impeachment pelo Congresso, que o declara inelegível por oito anos. O vice-presidente, Itamar Franco, torna-se presidente efetivo.
1993   – Plebiscito mantém a forma de governo republicana e o sistema
presidencialista, contra a forma monárquica e o sistema parlamentarista.     
1994   – Março: o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, anuncia um novo plano econômico, denominado Plano Real. Preliminarmente, entra em vigor uma unidade monetária virtual: a URV (Unidade Referencial de Valor), que altera diariamente o valor da moeda corrente (cruzado novo).
– Julho: entra em vigor uma nova moeda: o real. Interrupção do processo inflacionário.
– Outubro: eleições para presidente da República, Fernando Henrique Cardoso vence no primeiro turno.            
1995   – Janeiro: posse de Fernando Henrique Cardoso, que prioriza a consolidação da nova moeda e o esforço para impedir a volta da inflação. Nascimento do MERCOSUL.
1996   – Eliminação progressiva das medidas comerciais protecionistas, com a tarifa alfandegária máxima caindo de 105% para 32%.
1997   – O Congresso aprova emenda constitucional permitindo a reeleição para a chefia do Executivo em nível nacional, estadual e municipal.
1998   – Reeleição de Fernando Henrique Cardoso, vencedor no primeiro turno das eleições presidenciais.
1999   – Janeiro: Fernando Henrique Cardoso inicia seu segundo mandato presidencial. No mesmo mês, o Banco Central põe fim à “âncora cambial” (manutenção do dólar norte-americano em um patamar cambial artificialmente baixo).
2000   – A crise econômica da Argentina e a desaceleração global abalam a economia brasileira.
2001   – O desemprego mantém-se em patamares elevados.
– Julho: racionamento na distribuição de energia elétrica que dura vários meses.
2002   – Vitória do candidato oposicionista Luís Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República, mas os partidos situacionistas (PMDB, PSDB e PFL) conservam a maioria dos governos estaduais. Antes das eleições, forte desvalorização do real em relação ao dólar.
2003   – Janeiro: posse de Luís Inácio Lula da Silva na Presidência da República. O novo governo mantém a política econômica de seu antecessor: controle da inflação por meio de juros altos, fiscalismo e busca de um elevado superávit primário.
Primeiras conseqüências: redução dos índices inflacionários e recuo do câmbio do dólar, mas também aumento do desemprego, perda de poder aquisitivo pela população e diminuição das atividades econômicas. Os projetos sociais da campanha eleitoral, sobretudo o Fome Zero, não decolam.
– Maio: o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) intensifica a invasão de propriedades, sobretudo no RS. A resistência dos fazendeiros aumenta a tensão social no campo.
– Agosto: explosão de um Veículo Lançador de Satélites (VLS) na Base de Alcântara (MA), matando 21 técnicos, compromete o programa espacial brasileiro.
– Morre em Bagdá (Iraque), vítima de um atentado terrorista, o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Melo, chefe da missão humanitária da ONU naquele país e que já se destacara em Kossovo e em Timor Leste, dirigindo atividades similares.
– A Câmara dos Deputados aprova em primeira votação o projeto de reforma da Previdência apresentado pelo governo: fixação de limites para as aposentadorias (com favorecimento dos membros do Judiciário) e extensão da cobrança de contribuição previdenciária aos aposentados.
– Setembro: a Câmara dos Deputados aprova em primeira votação o projeto de reforma tributária, abrindo espaço para um aumento da carga fiscal sobre pessoas físicas e jurídicas.
– Dezembro: o presidente Lula discursa na Assembléia Geral da ONU propondo a criação de um fundo mundial de combate à fome.
2004   – É criado o Ministério da Coordenação Política, esvaziando parte das funções do ministro-chefe da Casa Civil. Saldo favorável recorde na balança comercial do País. Crescimento do PIB: 5,2%.
2005   – Abril: recorde na arrecadação de tributos pela Receita Federal.
– Maio: a taxa básica de juros, que no começo do governo Lula era de 26,5% ao ano e caíra depois a 16%, atinge 19,75%,
permanecendo a mais alta do mundo.
– A cotação do dólar cai a R$ 2,37.
– Uma série de denúncias de corrupção prejudica a imagem do Congresso Nacional.
– Novembro: após pedir demissão do cargo de ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, considerado o homem-forte do governo Lula, tem o mandato de deputado federal cassado.
2006   – Março: Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, passa oito dias no espaço como participante em uma missão russa.
– Novo recorde na arrecadação de impostos pelo governo federal.
– Julho/Agosto: a cotação do dólar se mantém estável, em torno de R$ 2,13.
– A taxa de juros cai, mas continua sendo a mais alta do mundo.
– Novas denúncias de corrupção envolvem praticamente um quarto da Câmara dos Deputados.

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