domingo, 27 de fevereiro de 2011

IMPÉRIO BIZANTINO

CIVILIZAÇÃO BIZANTINA
(IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE)
 Já ouviu falar de Istambul, na Turquia? Pois bem essa cidade tem história!!!
 No passado, ela era conhecida como Constantinopla, o principal centro econômico- político do que havia sobrado do Império Romano. Foi edificada na cidade grega de Bizâncio, entre os Mares Egeu e Negro, pelo imperador Constantino.( aí o motivo do nome da cidade ser Constantinopla).
 Com uma localização tão estratégica, logo foi tornada na nova capital do império. Por estar entre o Ocidente e o Oriente, desenvolveu um ativo e próspero comércio na região, além da  produção agrícola, fazendo com que se destacasse do restante do império romano, que estava parado e na crise.
 O Império Romano do Oriente tinha por base um poder centralizado e despótico, junto com um intenso desenvolvimento do comércio, que serviu de fonte de recursos para enfrentar as invasões bárbaras. Já  a produção agrícola usou grandes extensões de terra e trabalho de camponeses livres e escravos.
 O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino conseguiu resistir às invasões bárbaras e ainda durou 11 séculos.
 A mistura de elementos ocidentais e orientais só foi possível devido a intensa atividade comercial e urbana, dando grande esplendor econômico e cultural. As cidades tornaram-se bonitas e luxuosas, a doutrina cristã passou a ser mais valorizada e discutida em detalhes entre a sociedade.
 De início, os costumes romanos foram preservados. Com direito a estrutura política e administrativa, o idioma oficial foi o latim. mas depois tudo isso foi superado pela cultura helenística( grega-asiática). Com esse impulso o grego acabou se tornando o idioma oficial, no séc. VII.
 Um forte aspecto da civilização bizantina foi o papel do imperador, que tinha poderes tanto no exército como na igreja, sendo considerado representante de Deus aui na terra,( não muito diferente de outras civilizações!!). o mais destacado imperador foi: Justiniano.

Era de Justiniano(527-565)
 Depois da divisão do império romano, pelo imperador Teodósio em 395, dando a parte ocidental para seu filho Honório e a parte oriental para o outro Arcádio. Com essa divisão, criou-se muitas dificuldades entre os imperadores para manter um bom governo, principalmente devido as constantes invasões bárbaras. Por isso no século V, com o imperador Justiniano que o  Império Bizantino se firmou e teve seu apogeu.
 Com Justiniano, as fronteiras de império foram ampliadas, com expedições que foram até à Península Itálica, Ibérica e ao norte da África . claro que com tantas conquistas houve muitos gastos! Logo já que os gastos aumentaram, os impostos também e isso serviu de estopim para estourar diversas revoltas , da parte dos camponeses, que sempre ficava com a pior parte- ou o pagamento de impostos abusivos ou o trabalho pesado.
 Uma destas , foi a Revolta de Nika,em 532,mas logo foi suprimida de maneira bem violenta pelo governo. Com a morte de 35 mil pessoas.
 Mas a atuação de Justiniano foi mais expressiva dentro do governo. Um exemplo, entre 533 e 565, iniciou-se a compilação do direito romano. Este era dividido em:
 >código: conjunto das leis romanas a partir do século II.
>digesto: comentários de juristas sobre essas leis.
> institutas: princípios fundamentais do direito romano.
>novelas: novas leis do período de Justiniano.
 E tudo isso resultou no: corpo do direito civil, no qual serviu de base para códigos e leis de muitas nações à frente. Resumindo: essas leis determinavam os poderes quase ilimitados do imperador e protegiam os privilégios da igreja e dos proprietários de terras ,deixando o resto da população à margem da sociedade.
 Na cultura, com Justiniano teve a construção da Igreja de Santa Sofia, com seu estilo arquitetônico próprio – o bizantino – cujo o esplendor representava o poder do Estado  junto com a força da Igreja Cristã.
 Na política, após a revolta de Nika, Justiniano consolidou seu poder monárquico absoluto por meio do cesaropapismo.
  Cesaropapismo: ter total chefia do estado ( como César) e da igreja( como  o papa).

GRANDE CISMA
 Essa supremacia sobre o imperador sobre a igreja causou conflitos entre o imperador e o Papa. Em 1054, ocorreu o cisma do oriente, dividindo a igreja Católica em duas partes:
 Igreja Ortodoxa- com sede em Bizâncio, e com o comando do imperador bizantino.
Igreja Católica Apostólica Romana- com sede em Roma e sob a autoridade do Papa.

DECADÊNCIA DO IMPÉRIO
 Depois da morte de Justiniano(565), houve muito ataques que enfraqueceram a administração do Império. Bizâncio foi alvo da ambição das cidades italianas. Sendo que Veneza a subjugou e fez dela um ponto comercial sob exploração italiana.
 Essa queda não foi imediato,levou algum tempo, o império perdurou até o séc. XV, quando a cidade caiu diante dos  turcos- otomanos, em 1453.  data que é usada para marcar o fim da idade média e o início da idade moderna.
 As conseqüências da tomada de Constantinopla foram:
 >o surgimento do grande império Turco-Otomano, que também foi uma ameaça para o Ocidente.
>a influência da cultura clássica antiga, preservada em Constantinopla, e levada para a Itália pela migração dos sábios Bizantinos.
>com a interrupção do comércio entre Europa e Ásia , ocorre a aceleração da busca de um novo caminho para o Oriente.

SOCIEDADE E ECONOMIA
 O comércio era fonte de renda do império. Sua posição estratégica entre Ásia e Europa serviu de impulso para esse desenvolvimento comercial.
 O estado fiscalizava as atividades econômicas por supervisionar a qualidade e a quantidade das mercadorias. Entre estes estavam: perfumes, seda, porcelana e peças de vidro. Além das empresas dos setores de pesca, metalurgia, armamento e tecelagem.

RELIGIÃO
 A religião bizantina foi uma mistura de diversas culturas, como gregos, romanos e povos do oriente.  Mas as questões mais debatidas eram:
 Monofisismo: estes negavam a natureza terrestre de Jesus Cristo. Para eles Jesus possuía apenas a natureza divina, espiritual. Esse movimento teve início no século V com auge no reinado de Justiniano.
 Iconoclastia: para estes a ordem era a destruição das imagens de santos, e a proibição do uso delas em templos. Com base na forte espiritualidade da religião cristã oriental. Teve apoio no século VIII, com o imperador  Leão II, que proibiu o uso de imagens de Deus, Cristo e Santos nos templos e teve forte apoio popular.

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