A competição pela liderança do mundo: EUA e URSS - capitalismo versus socialismo a - A manutenção e a expansão de áreas de influência capitalista e socialista pelos Estados Unidos e União Soviética - capitalismo versus socialismo Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, os Estados Unidos consolidaram sua oposição de superpotência capitalista, e a União Soviética, que tinha implantado o socialismo em 1917, surgia como nação forte e respeitada por todas as demais. De um lado, os Estados Unidos procuravam manter sua liderança sobre vastas áreas do mundo; de outro, a União Soviética auxilia na expansão do socialismo. Terminada a guerra, muitos países do leste europeu alteraram a sua organização econômica, política e social de base capitalista e se tornaram socialistas:
· a Iugoslávia tornou-se socialista em 1945;
· a Albânia e a Bulgária, em 1946;
· a Polônia e a Romênia, em 1947;
· a Checoslováquia, em 1948;
· a Hungria, em 1949;
· a República Democrática Alemã Oriental, em 1949.
Também na Ásia, alguns países optaram pelo socialismo:
· o Vietnã do Norte, em 1945;
· a Coréia do Norte, em 1948;
· a China, em 1949;
· o Tibet, em 1950, como província da China e, depois, em 1953, independente.
Outros países optaram pelo socialismo nos anos 60, 70 e 80. No pós-guerra intensificaram-se as disputas entre Estado Unidos e União Soviética pela liderança do mundo. Cada uma das superpotências procurou consolidar sua liderança sobre outros países e ampliar sua área de influência.
A Europa ocidental, por exemplo, estava arrasada em virtude da guerra, pois servira como campo de batalha. Muitas de suas cidades, indústrias e meios de transporte estavam destruídos, e grande parte da sua população encontrava-se desempregada. Diante disso, os Estados Unidos, com receio do avanço do socialismo sobre os países da Europa ocidental e temendo perdê-los de sua área de influência, elaboraram um plano de ajuda econômica para que esses países pudessem recuperar sua economia. Este plano foi aprovado em 1948 e recebeu o nome de Plano Marshall, em homenagem ao Secretário de Estado norte-americano, general Marshall.
Em que consistia o Plano Marshall?
· Permitia aos países da Europa Ocidental importarem produtos norte-americanos a preços baixos;
· Abria créditos para os países europeus comprarem equipamentos pesados dos Estados Unidos;
· Fornecia empréstimos.
Os Estados Unidos explicaram que ofereciam este plano porque seria impossível a estabilidade política e a paz enquanto a Europa não tivesse a sua economia recuperada. Entretanto, a ajuda economia dos EUA, por meio do Plano Marshall, tinha pelo menos dois objetivos: manter o sistema capitalista nos países da Europa ocidental e assegurar essa área de influência, impedindo, assim, a penetração do socialismo; garantir o mercado consumidor para seus produtos e investimentos.
Os próprios industriais e comerciantes norte-americanos apoiaram o Plano Marshall, pois eles mesmos afirmavam: "Não se pode realizar negócios num mundo de pobres". Assim, eles tinham interesses na recuperação econômica dos países europeus arrasados pela guerra. Os países europeus que mais receberam ajuda dos Estados Unidos por meio do Plano Marshall foram: Reino Unido, França, Alemanha e Itália. No Japão, os Estados Unidos também intervieram, militar e economicamente, a partir de 1945. Após o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, o Japão rendeu-se às tropas norte-americanas. Após a rendição japonesa, os EUA continuaram ocupando o Japão e aplicaram vultosas somas de dinheiro para recuperar a economia japonesa e, assim, assegurar sua presença nessa porção do globo.
A Guerra Fria, a OTAN e o Pacto de Varsóvia - o confronto entre as superpotências A disputa pela hegemonia internacional entre os Estados Unidos e a União Soviética, logo após a Segunda Guerra Mundial, gerou a Guerra Fria.
A Guerra Fria deve ser entendida como uma disputa entre duas superpotências. Contudo, foi uma disputa não declarada. Cada uma das nações procurava ampliar suas áreas de influência sobre o mundo, Foi também uma disputa ideológica, isto é, em que se defrontavam os dois tipos de organização econômica, política e social: o capitalismo e o socialismo.
A grande disputa teve início a partir de uma declaração de Truman, presidente dos Estados Unidos, em 1947: O presidente declarou que iria fornecer ajuda militar ao governo grego na luta contra as guerrilhas socialistas e que iria, desse modo, procurar conter o avanço da influência socialista. Estabeleceu-se, a partir desse momento, um clima de competição, de guerra fria, entre as duas superpotências. Estas que rivalizaram-se em poder militar e econômico, procurando ultrapassar um ao outro. Os Estados Unidos combatiam o avanço do socialismo. A União Soviética procurava dificultar a expansão americana na formação de áreas de influências, além de difundir o socialismo. A União Soviética, em 1949, já possuía a bomba atômica. Posteriormente, as superpotências passaram a dispor da bomba de hidrogênio. Sabiam que numa guerra nuclear não haveria vencidos nem vencedores. Essa realidade criou um novo equilíbrio, o equilíbrio de terror.
Em 1956 os Estados Unidos reconheceram as áreas de influência da União Soviética, fato que marcou o declínio da Guerra Fria. Contudo, não terminaram as disputas entre as duas superpotências. Foi nesse ambiente tenso que ocorreu a Guerra da Coréia (1950-1953) e a Revolução Chinesa (1949). Mas foi também neste período que surgiram tratados militares e econômicos entre os blocos capitalista e socialista. Esses tratados, principalmente os militares, tinham como objetivo fortalecer as ameaças que cada um dos blocos representava para o outro.
Os Estados Unidos, os países capitalistas da Europa e o Canadá formaram a OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, em 1949, na cidade de Washington, Estados Unidos: Seu objetivo pode ser resumido da seguinte maneira: defesa coletiva das liberdades democráticas por meio de uma estreita colaboração política e econômica entre os países-membros. A OTAN propõe a defesa e o auxílio mútuos, em caso de ataque a um dos seus países membros.
Assim, os diversos países integrantes formaram uma força militar. Para tanto, forneceram tropas militares e armamentos sob a chefia de um comando unificado, com sede na Bélgica. A OTAN é uma organização que possui armamentos sofisticados, incluindo armas atômicas e mísseis.
Enquanto os países do bloco capitalista fundaram a OTAN, os países do bloco socialista, liderados pela União Soviética, organizaram o Pacto de Varsóvia.
O Pacto de Varsóvia - Tratado de Assistência Mútua da Europa Ocidental - foi firmado em 1955, em pleno ambiente da Guerra Fria. Assinado pelos países socialistas da Europa oriental, seus objetivos são semelhante aos da OTAN: ajuda militar em caso de agressões aramadas na Europa; consultas sobre problemas de segurança e colaboração política. Vê-se, então, que o Pacto de Varsóvia é uma aliança militar. Compõe-se de tropas dos países-membros e tem sede em Moscou.
Tanto a OTAN quanto o Pacto de Varsóvia constituem, portanto, alianças militares que se opõem. São resultado da disputa entre as duas superpotências e seus aliados pela preservação de seus interesses no mundo. O mundo pós-guerra formou um sistema de dependência no qual as duas superpotências tornaram-se os países centrais.
Características de países subdesenvolvidos e desenvolvidos.
Países subdesenvolvidos .
· alta taxa de analfabetismo e deficiente nível de instrução
· baixa renda per capita
· baixo consumo de energia mecânica
· predominância da população economicamente ativa no setor primário (agricultura)
· baixo nível alimentar (existência da fome)
· dependência econômica
· elevadas taxas de natalidade
· grande crescimento populacional
· elevada taxa de mortalidade infantil
· baixo nível de industrialização
· emprego de técnicas atrasadas
Países desenvolvidos.
· baixa taxa de analfabetismo
· elevada renda per capita
· elevado consumo de energia mecânica
· predominância da população economicamente ativa no setor secundário (indústria) e no terciário (serviços)
· elevado nível alimentar
· dominação econômica
· baixas taxas de mortalidade infantil
· predomínio de produtos industrializados nas exportações
· elevado nível de industrialização
· controle da ciência e da tecnologia
· elevada esperança de vida