CIVILIZAÇÃO BIZANTINA
(IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE)
Já ouviu falar de Istambul, na Turquia? Pois bem essa cidade tem história!!!
No passado, ela era conhecida como Constantinopla, o principal centro econômico- político do que havia sobrado do Império Romano. Foi edificada na cidade grega de Bizâncio, entre os Mares Egeu e Negro, pelo imperador Constantino.( aí o motivo do nome da cidade ser Constantinopla).
Com uma localização tão estratégica, logo foi tornada na nova capital do império. Por estar entre o Ocidente e o Oriente, desenvolveu um ativo e próspero comércio na região, além da produção agrícola, fazendo com que se destacasse do restante do império romano, que estava parado e na crise.
O Império Romano do Oriente tinha por base um poder centralizado e despótico, junto com um intenso desenvolvimento do comércio, que serviu de fonte de recursos para enfrentar as invasões bárbaras. Já a produção agrícola usou grandes extensões de terra e trabalho de camponeses livres e escravos.
O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino conseguiu resistir às invasões bárbaras e ainda durou 11 séculos.
A mistura de elementos ocidentais e orientais só foi possível devido a intensa atividade comercial e urbana, dando grande esplendor econômico e cultural. As cidades tornaram-se bonitas e luxuosas, a doutrina cristã passou a ser mais valorizada e discutida em detalhes entre a sociedade.
De início, os costumes romanos foram preservados. Com direito a estrutura política e administrativa, o idioma oficial foi o latim. mas depois tudo isso foi superado pela cultura helenística( grega-asiática). Com esse impulso o grego acabou se tornando o idioma oficial, no séc. VII.
Um forte aspecto da civilização bizantina foi o papel do imperador, que tinha poderes tanto no exército como na igreja, sendo considerado representante de Deus aui na terra,( não muito diferente de outras civilizações!!). o mais destacado imperador foi: Justiniano.
Era de Justiniano(527-565)
Depois da divisão do império romano, pelo imperador Teodósio em 395, dando a parte ocidental para seu filho Honório e a parte oriental para o outro Arcádio. Com essa divisão, criou-se muitas dificuldades entre os imperadores para manter um bom governo, principalmente devido as constantes invasões bárbaras. Por isso no século V, com o imperador Justiniano que o Império Bizantino se firmou e teve seu apogeu.
Com Justiniano, as fronteiras de império foram ampliadas, com expedições que foram até à Península Itálica, Ibérica e ao norte da África . claro que com tantas conquistas houve muitos gastos! Logo já que os gastos aumentaram, os impostos também e isso serviu de estopim para estourar diversas revoltas , da parte dos camponeses, que sempre ficava com a pior parte- ou o pagamento de impostos abusivos ou o trabalho pesado.
Uma destas , foi a Revolta de Nika,em 532,mas logo foi suprimida de maneira bem violenta pelo governo. Com a morte de 35 mil pessoas.
Mas a atuação de Justiniano foi mais expressiva dentro do governo. Um exemplo, entre 533 e 565, iniciou-se a compilação do direito romano. Este era dividido em:
>código: conjunto das leis romanas a partir do século II.
>digesto: comentários de juristas sobre essas leis.
> institutas: princípios fundamentais do direito romano.
>novelas: novas leis do período de Justiniano.
E tudo isso resultou no: corpo do direito civil, no qual serviu de base para códigos e leis de muitas nações à frente. Resumindo: essas leis determinavam os poderes quase ilimitados do imperador e protegiam os privilégios da igreja e dos proprietários de terras ,deixando o resto da população à margem da sociedade.
Na cultura, com Justiniano teve a construção da Igreja de Santa Sofia, com seu estilo arquitetônico próprio – o bizantino – cujo o esplendor representava o poder do Estado junto com a força da Igreja Cristã.
Na política, após a revolta de Nika, Justiniano consolidou seu poder monárquico absoluto por meio do cesaropapismo.
Cesaropapismo: ter total chefia do estado ( como César) e da igreja( como o papa).
GRANDE CISMA
Essa supremacia sobre o imperador sobre a igreja causou conflitos entre o imperador e o Papa. Em 1054, ocorreu o cisma do oriente, dividindo a igreja Católica em duas partes:
Igreja Ortodoxa- com sede em Bizâncio, e com o comando do imperador bizantino.
Igreja Católica Apostólica Romana- com sede em Roma e sob a autoridade do Papa.
DECADÊNCIA DO IMPÉRIO
Depois da morte de Justiniano(565), houve muito ataques que enfraqueceram a administração do Império. Bizâncio foi alvo da ambição das cidades italianas. Sendo que Veneza a subjugou e fez dela um ponto comercial sob exploração italiana.
Essa queda não foi imediato,levou algum tempo, o império perdurou até o séc. XV, quando a cidade caiu diante dos turcos- otomanos, em 1453. data que é usada para marcar o fim da idade média e o início da idade moderna.
As conseqüências da tomada de Constantinopla foram:
>o surgimento do grande império Turco-Otomano, que também foi uma ameaça para o Ocidente.
>a influência da cultura clássica antiga, preservada em Constantinopla, e levada para a Itália pela migração dos sábios Bizantinos.
>com a interrupção do comércio entre Europa e Ásia , ocorre a aceleração da busca de um novo caminho para o Oriente.
SOCIEDADE E ECONOMIA
O comércio era fonte de renda do império. Sua posição estratégica entre Ásia e Europa serviu de impulso para esse desenvolvimento comercial.
O estado fiscalizava as atividades econômicas por supervisionar a qualidade e a quantidade das mercadorias. Entre estes estavam: perfumes, seda, porcelana e peças de vidro. Além das empresas dos setores de pesca, metalurgia, armamento e tecelagem.
RELIGIÃO
A religião bizantina foi uma mistura de diversas culturas, como gregos, romanos e povos do oriente. Mas as questões mais debatidas eram:
Monofisismo: estes negavam a natureza terrestre de Jesus Cristo. Para eles Jesus possuía apenas a natureza divina, espiritual. Esse movimento teve início no século V com auge no reinado de Justiniano.
Iconoclastia: para estes a ordem era a destruição das imagens de santos, e a proibição do uso delas em templos. Com base na forte espiritualidade da religião cristã oriental. Teve apoio no século VIII, com o imperador Leão II, que proibiu o uso de imagens de Deus, Cristo e Santos nos templos e teve forte apoio popular.
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