sábado, 11 de novembro de 2023

7º Ano: RENASCIMENTO CULTURAL EUROPEU


Manifesta-se através de uma explosão de criações artísticas, literárias e científicas que revalorizam a Antiguidade clássica greco-romana e o humanismo. Choca-se com os dogmas religiosos e as proibições da Igreja Católica, enfrentam a Inquisição e criticam o mundo medieval. Vários dos literatos e cientistas desse período são perseguidos e mortos. Seus precursores são Dante Alighieri, Petrarca e Bocaccio.

Mecenas - A difusão das ideias da Antiguidade clássica na Itália e outros centros europeus se dão, inicialmente, por emigrados gregos, judeus e bizantinos. Mas é a concentração da riqueza nos comerciantes e banqueiros dos centros urbanos que permite transformar a arte e a cultura em produtos comerciais e fazer com que potentados econômicos como os Médici de Florença se tornem grandes mecenas ou incentivadores do movimento cultural e artístico da época.

HUMANISMO

Tem por base o neoplatonismo, que exalta os valores humanos e tenta dar nova dimensão ao homem. O humanismo se expande a partir de 1460, com a fundação de academias, bibliotecas e teatros em Roma, Florença, Nápoles, Paris e Londres. A escultura e a pintura redescobrem o corpo humano. A arquitetura retoma as linhas clássicas e os palácios substituem os castelos. A música instrumental e vocal polifônica se sobrepõe ao cantochão (monótico). Expandem-se a prosa e a poesia literária, a dramaturgia, a filosofia e a literatura política.

Filosofia - O holandês Erasmo de Roterdã rechaça a intolerância escolástica, critica a guerra, a avareza, os vícios da igreja e nega a predestinação. Vives, da Espanha, afirma que os sentidos abrem caminho ao conhecimento, propõe o método indutivo e inicia a psicologia. Giordano Bruno, da Itália, defende a ideia de um infinito sem ponto central e de uma única matéria universal, da qual Deus seria o intelecto.

Literatura poética - O italiano Ariosto cria o poema épico cavalheiresco, legendário e realista. Tasso exprime o sentimento religioso da contrarreforma. Rabelais (França) faz poemas satíricos e epicuristas. Camões (Portugal) cria a épica dos descobrimentos marítimos.

Dramaturgia - Marlowe, inglês, recupera a tradição germânica do Dr. Fausto. Ben Jonson, também inglês, retoma as lendas sobre os alquimistas. Gil Vicente (Portugal) faz novelas picarescas. Shakespeare (Inglaterra), com dramas históricos, comédias de intrigas e tragédias, torna-se o maior dramaturgo de todos os tempos.

Artes plásticas - Michelangelo (Itália) esculpe Moisés e Pietá, pinta o teto, as paredes principais e o altar-mor da Capela Sistina. Leonardo da Vinci (Itália) projeta palácios, inventa mecanismos, faz esculturas e pinta a Santa Ceia, Mona Lisa ou Gioconda. Fra Angélico, Boticelli, Rafael, Tiziano, Tintoretto e El Greco são destaques numa legião de pintores italianos e espanhóis que deixam obras inigualáveis.

Literatura política - Maquiavel (Itália) é o iniciador do moderno pensamento político. Morus (Inglaterra) critica a sociedade feudal e descreve um Estado ideal (Utopia), localizado numa república de organização comunitária. Campanela (Itália) afirma o princípio da autoconsciência e descreve uma sociedade ideal inspirada em Morus.

Nicolau Maquiavel (1469-1527), historiador, político e filósofo italiano. A partir de 1498 é chanceler e depois secretário das relações exteriores da República de Florença. Desempenha missões no exterior e, em 1502, passa cinco meses como embaixador junto a Cesare Borgia, cuja política enérgica e inescrupulosa lhe inspira admiração. O fim da República e a volta dos Médici ao poder, em 1512, leva-o ao exílio. Nesse período escreve sua obra mais famosa, O príncipe, marco do pensamento político moderno. O livro é uma espécie de manual de política destinado a ensinar aos príncipes como manter o poder, mesmo à custa de mentira e meios amorais. Torna famoso o princípio "Os fins justificam os meios".

Grandes invenções - O polonês Copérnico fundamenta a noção de que o Sol é o centro do universo (heliocentrismo). Paracelso, da Suíça, reforma a química e a medicina. Leonardo da Vinci inventa a prensa hidráulica e as máquinas voadoras. O alemão Kepler inventa o telescópio e demonstra as teorias de Copérnico. O italiano Galileu Galilei desenvolve métodos científicos de análise da realidade e de comprovação experimental. A imprensa de letras metálicas móveis é inventada pelo alemão Johann Gutenberg em 1445. A pólvora começa a ser utilizada como arma de guerra. Em 1500 é inventado o relógio de bolso.

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